Interior

Bugueiros de Maragogi enfrentam problemas com proprietária de terreno

Proprietária do terreno ficou surpresa quando viu ponte reconstruída em terreno

Por Claudio Bulgarelli - Sucursal Região Norte 22/10/2018 19h59
Bugueiros de Maragogi enfrentam problemas com proprietária de terreno
Reprodução - Foto: Assessoria
Depois de ganharem, três semanas atrás, licença ambiental para fazer os passeios autorizados pelo Instituto do Meio Ambiente, os bugueiros de Maragogi, reunidos em duas associações, enfrentam agora outro problema. Tratasse de uma ponte, no sítio Corre Água, que vem causando um impasse entre os bugueiros e a proprietária do terreno onde as águas do Riacho Maceiozinho passam. A ponte de madeira chegou a ser fechada no meio da semana, para ser reaberta em seguida pelos bugueiros. E no fim de semana a proprietária fechou novamente a ponte por correntes e o sítio cercado com estacas. A ponte centenária que fica no sítio Corre Água foi reformada recentemente pelos proprietários de buggy que usam o equipamento para fazer os passeios pelos coqueirais. O problema é que fizeram sem a autorização dos donos do terreno. Assim o impasse começou. Os proprietários entraram em contato com o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e o equipamento de madeira foi interditado, mas depois os lacres foram arrancados e a passagem ficou livre e logo depois foi novamente interditada. A proprietária do terreno, Pauline Braga Resende Melo, ficou surpresa quando viu a ponte reconstruída no terreno. “No dia 5 de outubro fomos surpreendidos com umas fotos informando que o sítio além de ter sido invadido, estava com um trator abrindo a estrada e o mais sério: a construção da ponte. Então a gente entrou em pânico porque a gente sabe que crime ambiental resulta em até cadeia. A nossa preocupação de imediato foi denunciar o crime ambiental, antes que a fossemos acusados", contou. Ela afirmou que foi ao IMA, onde recebeu orientação para registrar um Boletim de Ocorrência da invasão. NO mesmo dia o instituto do mei0 ambiente esteve no local e fez a interdição da ponte. Dois dias depois, a ponte foi reaberta e os buggys transitando normalmente. Em seguida a proprietária comunicou o fato novamente ao IMA. A proprietária ainda espera um diálogo com os proprietários de buggys. O vice-presidente da Associação dos Bugueiros de Maragogi, Sergio Henrique Rocha Silva, contou a versão dos profissionais. “Hoje são quase 200 profissionais trabalhando nesse tipo de serviço, totalizando mais muitas famílias que dependem disso. Os donos fizeram essa interdição. Eu, como todo buqueiro, estou aqui para entrar em negociação para ver se cedem alguma coisa para a passagem dos buggys, para a gente poder trabalhar. Só é isso que a gente quer. Pedimos para que eles se sensibilizem com o nosso trabalho, que a gente vem sofrendo”, contou.