Interior

Trade turístico espera por vacina contra sarampo

Trabalhadores do setor serão imunizados para evitar que doença entre em Alagoas por meio de turistas

Por Claudio Bulgarelli com Tribuna Independente 13/07/2018 08h48
Trade turístico espera por vacina contra sarampo
Reprodução - Foto: Assessoria
Operadores de turismo de Maragogi e de São Miguel dos Milagres, os dois municípios de maior importância turística do Litoral Norte e que concentram mais de 80% de todas as visitas de turistas da região, esperam com impaciência a vacina contra o sarampo anunciada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). A secretaria confirmou que irá vacinar os trabalhadores do trade turístico na tentativa de evitar que o vírus entre no território alagoano por meio de turistas que visitam Alagoas. A discussão em torno dessa atípica campanha de vacinação teve início na semana passada quando técnicos da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde mantiveram reunião com representantes do trade turístico alagoano, com a presença de profissionais do setor hoteleiro, de receptivos, guias turísticos e de agências de viagens, por terem contato frequente com turistas que chegam a Alagoas. Na oportunidade, os técnicos apresentaram a situação epidemiológica da doença no Brasil e solicitaram que todo o trade informe o quantitativo de pessoas que deverão ser vacinadas. Com base nesses dados será montado um cronograma de vacinação nos hotéis, pousadas, empresas de receptivos, de guias turísticos e agências de viagens, em Maceió e em mais 20 cidades turísticas. No Litoral Norte, a ação deve começar em Maragogi, segundo polo turístico de Alagoas e que concentra o maior número de profissionais a serem vacinados. Seguido de São Miguel dos Milagres, Japaratinga, Porto de Pedras, Passo de Camaragibe, Barra de Santo Antônio e Paripueira. No total, mais de 500 pessoas deverão receber a vacina. O empresário Diego Anário, da Pergentino Turismo, que faz passeios cotidianos para Maragogi e São Miguel dos Milagres e que conta em sua equipe com motoristas e guias de turismo, acredita que a ação preventiva é a melhor forma de deixar os profissionais do setor mais tranquilos em relação a uma doença que pode ser mortal. Erradicado do Brasil desde 2015, o sarampo voltou a ser uma ameaça desde o final do primeiro trimestre deste ano, quando foram notificados casos em venezuelanos que migraram para Roraima, no Norte do Brasil.