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Mar Vermelho é atração do frio em Alagoas

Pequena e aconchegante cidade da Zona da Mata está 636 metros acima do nível do mar; em agosto tem Festival de Inverno

Por Texto: Claudio Bulgarelli – Sucursal Litoral Norte com Tribuna Independente 07/07/2018 13h40
Mar Vermelho é atração do frio em Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria
São cinco os municípios que fazem parte do Circuito do Frio em Alagoas. A cidade de Mar Vermelho, carinhosamente denominada de Suíça Alagoana, se tornou o principal referencial desses roteiros turísticos. E sua principal atração é o clima serrano, que lhe rendeu a denominação acima. Por ser frio e seco, é aconselhado pelos especialistas para auxiliar no tratamento das doenças do aparelho respiratório. Tem como destaque natural a Lagoa Vermelha, abençoada pelo Cristo Redentor no alto da cidade. As festividades também atraem muitos visitantes. Mas é o seu famoso festival de inverno, um grande evento que ficou marcado na sua história e o inseriu no roteiro cultural alagoano. Localizada a 119 quilômetros de Maceió, Mar Vermelho, essa pequena e aconchegante cidade da Zona da Mata, está a 636 metros acima do nível do mar. A origem do nome deriva de uma lagoa que tinha muitos pés de gravatá, que, no outono, soltava suas folhas vermelhas sobre as águas, e, então, as pessoas começaram a chamar a lagoa de mar vermelho. Com clima serrano, Mar Vermelho faz parte do circuito do frio e tem potencial para se transformar em polo turístico, para gerar emprego e renda. Mas, para isso precisa de investimentos na área de hotelaria, restaurantes, bares e similares, a fim de atender satisfatoriamente ao visitante. Clima serrano do município é diferente e cidade tem agradável surpresa em cada recanto de seu território (Foto: Divulgação / Prefeitura) A cidade de Mar Vermelho é pequena e logo na entrada, a estátua do Cristo Redentor marca sua presença. E a cidade se apresenta como uma agradável surpresa em cada recanto. Alagoanos e turistas, amantes de baixas temperaturas, procuram por Mar Vermelho nessa época do ano. E voltam para a cidade no mês de agosto, quando acontece o Festival de Inverno. Mas as noites frias, do chocolate quente, do fogão à lenha cozinhando produtos locais, e das serras ao longe, são a imagem da cidade. O lugar é lindo, com sabores de Minas Gerais, com trilhas que saem da cidade em direção ao alto das colinas. E independente do Festival de Inverno e mesmo de suas baixas temperaturas, a cidade alagoana é um destino com sabores, trilhas e cachoeiras para qualquer estação. Para comer tem dois locais legais: o Sabor da Hora, no Centro e o restaurante Serras Alagoanas, no Sítio Durão. E para quem quiser ficar hospedado, a Pousada França, também no centro da cidade e o Chalés Mar Vermelho são as únicas duas opções. História da cidade é ligada a uma lagoa vermelha O município de Mar Vermelho tem sua origem ligada à história de Coutinho, um viajante que chegou à região por volta de 1800, construiu uma casa e iniciou a criação de gado e o cultivo da terra. Com a chegada de outros moradores, novas casas foram surgindo próximas a uma lagoa, que tinha, em suas margens, muitos pés de gravatás cujas folhas vermelhas caíam e formavam um grande ‘mar vermelho’ na lagoa, dando origem ao nome do município. Mar Vermelho tem sua origem ligada a um viajante que chegou à região por volta do ano de 1800 (Foto: Divulgação) A propriedade foi transferida para o alferes Cazuza e, mais tarde, para o major Joaquim Canuto de Albuquerque Maranhão, que, em 1900, instalou o primeiro vapor de algodão. Em pouco tempo, Mar Vermelho transformou-se em núcleo comercial. Em 1910, foi criada a primeira feira e até 1947 teve um bom movimento. Com a construção da estrada de ferro que passava por Viçosa, os comerciantes expandiram seus negócios e muitos chegaram a fechar lojas em Mar Vermelho, por conta do difícil acesso. Ainda em 1910, um longo período de chuvas derrubou grande parte das encostas das serras e também da capela. Uma nova matriz só foi construída em 1922. Em fevereiro de 1962, através da Lei 2.431, Mar Vermelho foi desmembrado de Anadia. Uma nova matriz só foi construída em 1922, após chuvas de 1910 derrubarem parte da capela original (Foto: Divulgação)