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Empate do CSA contra o Ituano termina com confusão e bombas lançadas à torcida

Clube, a presidente Mirian Monte e torcida emitem notas sobre as cenas lamentáveis registradas nos momentos finais da partida, no sábado à noite

Por Tribuna Hoje 17/08/2025 08h45 - Atualizado em 17/08/2025 10h03
Empate do CSA contra o Ituano termina com confusão e bombas lançadas à torcida
Torcida do CSA sofreu com bombas sendo lançadas pela Polícia Militar no final da partida - Foto: Allan Max / Ascom CSA

O empate em 2x2 entre CSA e Ituano, na noite de sábado (16), no Estádio Rei Pelé, em Maceió, deixou de ser apenas um resultado frustrante para se tornar o centro de uma grande polêmica. Lutando pela classificação na Série C do Campeonato Brasileiro, o Azulão viu o clima esquentar dentro e fora de campo, com cenas de violência registradas nos instantes finais da partida. Além da confusão, clube e torcida reclamaram da arbitragem de Maguielson Lima Barbosa, do Distrito Federal, por conta da anulação de dois gols por impedimento, um em cada tempo da partida.

Segundo o boletim da Secretaria de Segurança Pública, um torcedor foi preso por desacato e resistência na saída do túnel do CSA. Segundo a Polícia Militar, o homem arremessava objetos em direção ao campo e ao Pelotão de Choque, incentivando outros torcedores a fazerem o mesmo. Ao receber ordem para desobstruir o local, passou a agredir os policiais com socos e empurrões, deixando alguns militares feridos — todos atendidos no próprio estádio. O autor foi encaminhado à Central de Flagrantes.

De acordo com relatos, vídeos divulgados nas redes sociais e a transmissão do jogo, a Polícia Militar também teria lançado bombas em direção à torcida, bloqueando a principal saída do estádio. As imagens mostram torcedores sendo agredidos, o que aumentou a indignação e levou o CSA, sua presidente Mirian Monte e o grupo de torcedores Autistas Azulinos a emitirem notas oficiais.

O clube classificou a torcida como “seu maior patrimônio” e exigiu que os fatos sejam apurados com rigor. A direção ressaltou que o futebol deve ser entretenimento e criticou as agressões a torcedores, cobrando a identificação de responsáveis por excessos e a preservação de quem não teve envolvimento nos conflitos.

A presidente do CSA pediu serenidade e garantiu que medidas administrativas e jurídicas serão tomadas tanto sobre a arbitragem — que, segundo ela, causou sensação de injustiça e contribuiu para o clima de tensão — quanto sobre eventuais abusos das forças de segurança.

O grupo de torcedores relatou que a partida, que deveria ser um momento de lazer, se transformou em “cena de horrores” para crianças e jovens autistas devido ao barulho das bombas. Segundo a nota, houve crises de ansiedade e episódios de autoagressão entre alguns, questionando a necessidade de tal ação policial.

É nesse clima que o CSA se prepara agora para a semifinal da Copa do Nordeste, contra o Confiança, na próxima quarta-feira (20), às 21h30. A partida será em jogo único e, em caso de empate, a decisão irá para os pênaltis.