Esportes

Esporte une e reforça laços entre pais policiais militares e seus filhos

Por meio da corrida, do futebol ou das artes marciais, relações sólidas e laços de amizade vão se construindo ao longo do tempo

Por Marília Morais / Ascom PM/AL 10/08/2025 10h44 - Atualizado em 10/08/2025 12h46
Esporte une e reforça laços entre pais policiais militares e seus filhos
Subcomandante-geral, coronel Neyvaldo Amorim é a grande inspiração para os filhos na corrida - Foto: Igor Lessa / Ascom PM/AL

É costume dizer que o pai é o primeiro herói de um filho. Na infância, ele é a figura de força, proteção e coragem. Na vida adulta, torna-se exemplo de quem tanto se dedicou a conduzir os passos de alguém ao longo de anos. Neste Dia dos Pais, em especial, a PM selecionou três histórias de pais policiais militares que encontraram por meio do esporte uma forma de inspirar e reforçar os laços com seus filhos. Assim, a corrida, o futebol e as artes marciais, mais do que modalidades esportivas, passaram a fazer parte da paternidade de quem escolheu servir e proteger.

A corrida percorrendo gerações: coronel Neyvaldo, Nathanael e Davi

O atual subcomandante-geral da PM sempre foi conhecido como um homem ligado à atividade física. Ao longo dos anos de caserna, era comum vê-lo dedicando tempo a cuidar da saúde nos horários previstos para a educação física na Corporação. Atualmente, a importante missão de subcomandar uma instituição como a Polícia Militar de Alagoas não é impedimento para que o coronel Neyvaldo Amorim continue focando nos exercícios.

Este interesse, ao longo da vida, foi repassado ao seu filho mais velho, Nathanael Amorim, de 21 anos, e é uma semente que também vem sendo plantada no caçula, Davi Amorim, de três. Nathanael seguiu os passos do pai e hoje também dedica seu tempo às atividades físicas e preocupação com a saúde em geral.

(Foto: Igor Lessa / Ascom PM/AL)

“Cresci com meu pai me chamando para correr, para fazer musculação e fui despertando esse interesse ao longo dos anos. Essa preocupação dele em me manter em movimento serviu para nos unir e para reforçar os nossos laços. Porque tenho certeza que se preocupar com a saúde de alguém é uma forma de amar”, refletiu Nathanael.

“Nós temos essa responsabilidade diante de nossos filhos. Garantir-lhes a assistência integral e isso perpassa pela saúde física e mental, ambas alcançadas pelo esporte. Mas, muito além disso, não estamos falando apenas de saúde. Junto com o incentivo, com a torcida e com o estímulo, são relações sólidas e laços de amizade que também vão se construindo”, destacou o coronel Neyvaldo.

(Foto: Igor Lessa / Ascom PM/AL)


Sargento Mesquita e Maria Lara: laços reforçados pelo futebol

Muito provavelmente o interesse pelo futebol do sargento Manassés Mesquita inspirou o interesse da pequena Maria Lara Mesquita, de 12 anos. Sua filha é uma apaixonada pelo esporte e, há três anos, treina religiosamente duas vezes por semana futebol society e de salão, das 15 às 19 horas, em uma escolinha especializada de Maceió. Atualmente, ela é a única menina a integrar o time na categoria Sub-12, na posição de zagueira.

Os professores desde sempre observaram um potencial diferente na pequena jogadora e não descartam as chances de que ela venha a alcançar excelentes resultados profissionalmente no futuro. Além do futebol, a atleta ainda encontra espaço na agenda para treinar Handebol, esporte herdado pela influência da mãe, a também sargento Mirna Mesquita.

(Foto: Igor Lessa / Ascom PM/AL)

O sargento Mesquita se diz um fã incondicional da filha e procura acompanhar todos os momentos importantes.

“Eu gosto de jogar futebol, sou adepto do famoso “rachinha”, mas ela é incrivelmente melhor do que eu. É uma demanda intensa conciliar horários, levar aos treinos, acompanhar os jogos, mas procuro estar sempre presente, pois sei a importância do olhar atento de um pai”, ressaltou.

Sobre a conexão trazida pelo esporte, ele completa: “esses momentos acabam servindo para nos conectar mais, para nos unir e para reforçar nosso laço. Apesar de toda a correria, o importante é ela saber que sempre terá alguém com quem pode contar. Isso, para mim, é ser pai”, acrescentou emocionado.

(Foto: Igor Lessa / Ascom PM/AL)

Na visão da filha, o militar é mais do que um incentivador. Com as características de “parceiro”, “melhor amigo” e “exemplo”, Maria Lara definiu o pai.

“Meu pai está sempre presente, em todos os momentos. Sempre me ensinou a ganhar e também a perder, no esporte e em outras situações. Tudo o que eu sonho, o meu pai sonha comigo. Por isso ele é o melhor pai do mundo”, garantiu.

Sargento F. Costa e Pedro: os ensinamentos das artes marciais

Comandante de guarnição no Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (Rotam), o sargento Pedro Farias Costa procurou apresentar desde cedo ao filho, Pedro Alencar Costa, de 12 anos, os ensinamentos trazidos pelas artes marciais, em especial o jiu-jitsu, modalidade esportiva que também foi adepto durante muito tempo, tendo migrado recentemente para o muai thay.

Há dois anos, Pedro participa das aulas de jiu-jitsu no Projeto Raiadinhos, da Rotam, iniciativa surgida no ano de 2022, atualmente atendendo cerca de 80 crianças, entre elas filhos de militares, com aulas gratuitas de taekwondo e jiu-jitsu.

(Foto: Igor Lessa / Ascom PM/AL)

O projeto social tem promovido disciplina e autoestima e já se tornou referência em ações de prevenção e cidadania. Os treinos são realizados no contraturno escolar e as aulas ministradas por militares voluntários e convidados.

“A arte marcial é uma ferramenta de transformação. É possível ver como o esporte melhora o comportamento, ensina as crianças a se defenderem e a respeitarem os outros e, principalmente, ajuda a desenvolverem o corpo e a mente. Como pai, sinto-me feliz de poder proporcionar isso ao meu filho. Ele tem apresentado excelentes resultados desde que iniciou no projeto, tanto fisicamente, quanto em comportamento, disciplina e garra”, pontuou.

(Foto: Igor Lessa / Ascom PM/AL)

Treinando junto com o pai, Pedro já demonstra domínio da técnica em cima do tatame. Para ele, o jiu-jitsu é extremamente importante e vivenciar esse esporte ao lado do pai, faz toda a diferença.

“Meu pai é um exemplo para mim e eu o observo porque quero seguir os seus passos. Ele está sempre ao meu lado, me passando confiança e me incentivando a sempre melhorar, a superar os meus limites e vencer meus desafios. O esporte nos uniu ainda mais e eu só quero que essa união seja para sempre”, desejou.