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'As Maldições': A verdade por trás da minissérie argentina
Série conquistou o público da Netflix com sua trama envolvente de suspense político e dramas familiares.
A minissérie argentina As Maldições conquistou o público da Netflix com sua trama envolvente de suspense político e dramas familiares. Baseada no livro homônimo de Claudia Piñeiro, publicado em 2017, a série mergulha nas intrigas do poder, com um elenco estelar liderado por Leonardo Sbaraglia. Mas será que As Maldições é inspirada em uma história real? Neste artigo, exploramos as raízes da série, suas conexões com a realidade argentina e como ela reflete questões sociais relevantes.
A Origem de As Maldições: Do Livro à Tela
As Maldições é uma adaptação da novela de Claudia Piñeiro, uma renomada autora argentina conhecida por seus romances policiais e críticas sociais. A minissérie, dirigida por Daniel Burman e Martín Hodara, acompanha Fernando Rovira (Leonardo Sbaraglia), um governador ambicioso de uma província no norte da Argentina.
Ele enfrenta uma crise pessoal e política quando sua filha, Zoe, é sequestrada por seu secretário particular durante uma votação crucial sobre a exploração de lítio. A trama, dividida em três episódios, revela segredos de um plano traçado há 13 anos, questionando a identidade da garota e expondo os limites do poder e do amor familiar.
O elenco, que inclui Mónica Antonópulos, Alejandra Flechner, Gustavo Bassani e Francesca Varela, reforça a intensidade da narrativa. A produção, filmada em San Salvador de Jujuy, utiliza paisagens montanhosas e salares para criar uma identidade visual única, destacando o isolamento dos personagens. Mas a história de Rovira e sua filha é baseada em fatos reais ou é puramente ficcional?
As Maldições se Baseia em uma História Real?
A minissérie As Maldições é uma obra de ficção, conforme esclarecido pela própria Claudia Piñeiro. No livro, ela afirma que “os personagens de As Maldições só existem na ficção”. No entanto, a trama se inspira em questões políticas e sociais reais da Argentina, particularmente a complexa relação entre poder, corrupção e interesses econômicos.
A novela original explora a ideia de uma “maldição” histórica, sugerindo que nenhum governador da província de Buenos Aires conseguiu chegar à presidência do país, uma premissa que Piñeiro conecta a figuras reais como Ricardo Alfonsín e Eduardo Duhalde, entrevistados pela autora durante sua pesquisa.
Na série, a ação é deslocada para o norte da Argentina, com foco na exploração de lítio, um tema atual e relevante na América Latina. A mineração de lítio é uma questão econômica e ambiental significativa na Argentina, especialmente em regiões como Jujuy, onde comunidades locais enfrentam os impactos da extração. Embora os eventos específicos do sequestro e da conspiração sejam fictícios, a narrativa reflete tensões reais sobre recursos naturais e corrupção política, ancorando a ficção em um contexto palpável.
A Autenticidade Emocional da Série
Embora As Maldições seja ficcional, sua força está na autenticidade emocional e na capacidade de abordar dilemas universais. O sequestro de Zoe e a escolha de Rovira entre salvar sua filha ou proteger sua carreira política exploram o conflito entre ambição e afeto. Esses temas ressoam com o público, pois refletem decisões difíceis enfrentadas em crises pessoais e profissionais. A série também destaca a fragilidade das estruturas políticas diante de escândalos, um cenário familiar na Argentina e em outros países.
A direção de Burman e Hodara, combinada com atuações poderosas de Sbaraglia e do elenco, cria uma atmosfera tensa e envolvente. Críticas, como a do Observatório do Cinema, elogiam a série por sua narrativa concisa e por usar o lítio como pano de fundo para um comentário social mais amplo. A escolha de cenários reais, como os salares de Jujuy, reforça a conexão com a realidade, mesmo que a trama seja inventada.
As Maldições não é a primeira obra de Piñeiro adaptada para as telas. Elena Sabe (2007) virou um filme da Netflix em 2023, e Las Viudas de los Jueves (2005) foi adaptado como filme e série. Todas essas obras misturam ficção com críticas sociais, abordando questões como corrupção, desigualdade e moralidade. Diferentemente de Elena Sabe, que explora o aborto e a religião, As Maldições foca na política e na exploração de recursos naturais, mas mantém a habilidade de Piñeiro em ancorar histórias fictícias em verdades sociais.
Por que As Maldições Parece tão Real?
A sensação de autenticidade em As Maldições vem da combinação de uma pesquisa detalhada, um elenco talentoso e uma narrativa que reflete questões contemporâneas. A escolha do lítio como tema central conecta a série a debates reais sobre sustentabilidade e economia na Argentina. Além disso, a metáfora da “maldição” política ressoa com a história do país, onde conflitos entre líderes regionais e nacionais são comuns. A direção cuidadosa e a cinematografia, que destacam as paisagens áridas do norte argentino, criam uma imersão poderosa, fazendo o público sentir o peso das decisões dos personagens.
As Maldições não se baseia em uma história real específica, mas suas inspirações em questões políticas, econômicas e sociais da Argentina a tornam profundamente relevante. A pesquisa de Claudia Piñeiro, aliada à adaptação habilidosa de Daniel Burman, cria uma minissérie que mistura suspense, drama e crítica social. Com apenas três episódios, a série oferece uma experiência intensa que provoca reflexões sobre poder, corrupção e família.
Disponível na Netflix desde 12 de setembro de 2025, As Maldições é imperdível para fãs de thrillers políticos e histórias que ecoam a realidade.
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