Entretenimento
Morre James Foley, diretor de 'House of Cards' e 'Cinquenta Tons de Cinza', aos 71 anos
Cineasta americano, que manteve parceria com Madonna nos anos 1980, faleceu após luta contra câncer cerebral

James Foley, diretor conhecido por obras como “Sucesso a Qualquer Preço” (1992), “Caminhos Violentos” (1986) e os filmes da franquia “Cinquenta Tons de Cinza”, faleceu nesta quinta (8/5) após uma batalha contra o câncer cerebral.
Ao longo da carreira, Foley trabalhou com estrelas como Sean Penn, Madonna, Al Pacino, Jack Lemmon, Alec Baldwin, Ed Harris, Gene Hackman, Dustin Hoffman, Mark Wahlberg, Halle Berry, Bruce Willis, Reese Witherspoon e Dakota Johnson, e foi reconhecido por sua habilidade em criar histórias imersivas e com forte atmosfera de suspense noir.
Começo com filmes cultuados
Nascido no Brooklyn, Nova York, Foley iniciou sua carreira ao conhecer o diretor Hal Ashby enquanto ainda estava na escola de cinema da USC. A partir dessa conexão, foi contratado para dirigir seu primeiro filme, “Jovens Sem Rumo” (1984), drama musical estrelado por Daryl Hannah e Aidan Quinn, logo seguido por “Caminhos Violentos” (1986), thriller dramático protagonizado pelo jovem Sean Penn. Ambos atingiram rapidamente status de cult e marcaram a geração que frequentava as videolocadoras de VHS nos anos 1980.
Relação com Madonna
O sucesso com filmes sobre jovens rebeldes levou a uma longa relação com Madonna. O diretor assinou o documentário “Madonna Live: The Virgin Tour” (1985) e seis clipes da cantora, incluindo os clássicos “Papa Don’t Preach”, “True Blue” e “Live to Tell” (todos de 1986).
A pareceria culminou no filme “Quem É essa Garota?” (1987), que se tornou o maior fracasso de sua filmografia. Foley afirmou em entrevista que a experiência de falhar foi um aprendizado marcante: “Aquele primeiro fracasso foi muito chocante”, comentou.
O sucesso e o medo
Ele só foi retornar às telas em 1990 com o thriller noir “Dominados Pelo Desejo”, com Jason Patric. E em dois anos superou tudo com “Sucesso a Qualquer Preço”, aclamada adaptação da peça de David Mamet, que rendeu a Al Pacino uma indicação ao Oscar e um Globo de Ouro. O elenco estelar do filme também incluiu Jack Lemmon, Alec Baldwin, Ed Harris e Alan Arkin.
A partir de 1996, ele entrou em nova fase com “Medo”, suspense estrelado por Mark Wahlberg e Reese Witherspoon, que marcou uma guinada para produções do gênero. Especializando-se em suspenses, ele também dirigiu “O Segredo” (1996), com Gene Hackman, “O Corruptor” (1999), novamente com Wahlberg, “Confidence – O Golpe Perfeito” (2003), com Dustin Hoffman, e “A Estranha Perfeita” (2007), com Halle Berry e Bruce Willis. Nenhum deles marcou época.
Trabalho na TV e cinzentos
Sem encaixar êxitos de bilheteria, Foley acabou seguindo o rumo televisivo. O diretor, que estreou na TV com um episódio de “Twin Peaks” em 1991, acabou focando nesse nicho nos últimos anos, com créditos de direção em séries de prestígio como “Hannibal”, “Wayward Pines”, “House of Cards” e “Billions”.
Quando sua carreira cinematográfica parecia já estar finalizada, ele voltou às telonas com a franquia “Cinquenta Tons de Cinza”, assinando os dois últimos capítulos, “Cinquenta Tons Mais Escuros” e “Cinquenta Tons de Liberdade”, após um desentendimento entre a diretora original,Sam Taylor-Johnson, e a escritora E.L. James.
Os dois filmes renderam boas bilheterias, mas superaram as avaliações negativas de “Quem É Essa Agora?”. De volta à TV, ele trabalhava no desenvolvimento da minissérie histórica “Reagan & Gorbachev”, com Michael Douglas e Christoph Waltz, que foi paralisada com a notícia de sua morte.
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