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Preparação para o carnaval? Paolla Oliveira fala sobre corpo, empoderamento feminino e diz: ‘Não abro mão da minha cervejinha’
Atriz é rainha de bateria da Acadêmicos do Grande Rio e vai ajudar a escola a brigar pelo bicampeonato com um enredo que homenageia Zeca Pagodinho.
Uma conversa sobre corpo, empoderamento feminino e até cerveja. Quando o assunto é carnaval, Paolla Oliveira, 40 anos, vai muito além das temáticas clássicas que costumam permear os papos com as rainhas de bateria.
A majestade da Acadêmicos do Grande Rio, que é símbolo sexual, admirada e desejada, é ciente de todos esses rótulos, mas, sempre que pode, tenta fugir dos estereótipos e das armadilhas que eles criam.
Recentemente, ela fez vídeo explicando que uma pretensa barriguinha que exibia não era de gravidez. “Nem toda barriga é de bebê”, disse na época aos seguidores que especulavam.
“É muito difícil quebrar de uma vez todos os padrões a que fomos submetidas sem se dar conta. Respondi, me senti ótima e muito especial por não ser perfeita”, diz a mulher que já se sentiu insegura e inadequada com suas formas.
“Era como se devesse algo mesmo quando estava me sentindo bem e feliz. Hoje estou redescobrindo beleza e sensualidade alicerçadas não somente na minha autoimagem, mas também na minha autoconfiança. Cada passo dado me aproxima mais da segurança de bancar quem sou, minhas características, personalidade e sim, a beleza e sensualidade que enxergo em mim”, diz.
Poder e espaços
A rainha empoderada vê avanços importantes para as mulheres no universo do carnaval, em termos de liberdade, ocupação de espaços e respeito.
“Os estereótipos ainda existem e é sempre complexo se desvencilhar deles, mas há outras coisas emergindo, como mulheres em vários setores de uma escola de samba, blocos femininos e feministas com humor e sátira ao que é historicamente machista e opressor. Temos conversas mais francas sobre corpos e expectativas criadas em torno deles e homens começando a ter contato com seus limites e mulheres se libertando dos que um dia lhe foram impostos”, diz.
Outro paradigma quebrado pela atriz tem relação com sua coroa. É que as rainhas famosas da Grande Rio costumam ficar dois anos no posto. Ela vai para o seu terceiro desfile em 2023, e, em 2022, ajudou a conquistar o primeiro campeonato da escola.
“Não penso em reinados. A Grande Rio merece ter pessoas que amem o carnaval e fiquem em qualquer posto porque são felizes, se dedicam e desempenham bem suas funções. Gosto disso ter sido revisto. Criar raízes faz parte da tradição do carnaval”, diz ela deixando no ar que pode ficar mais um ano.
Já sobre a fantasia deste ano, se vai repetir a proposta ousada que usou em 2022, quando veio de Pombagira no enredo que homenageava Exu, ela faz mistério, mas dá pistas.
“Minha fantasia vai ser feita pela Michely X mais um ano com supervisão do Marcell Maia. Está muito de acordo com um ponto importante da história do homenageado, acho ela bastante atual”, diz sobre o enredo deste ano que homenageia o cantor Zeca Pagodinho.
E por falar em Zeca, Paolla diz que se identifica com o cantor na paixão pela cerveja, mas que é mais de agir.
“Meu lado Zeca Pagodinho está em não abrir mão da minha cervejinha! No mais, prefiro mais levar a vida, do que deixar ela me levar”, diz.
Créditos
Direção criativa e produção: @eufabricioandrade
Foto: @thegilbz
Styling: @marcellmaia
Look: @camilapedroza
Cabelo: @fellipeparks
Beleza: @gabrielgomezls
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