Mais de 40 anos depois do lançamento de A Lagoa Azul, os atores Brooke Shields e Christopher Atkins, responsáveis pelas personagens Emmeline e Richard, respectivamente, se reuniram no podcast da atriz, Now What?, e comentaram sobre momentos icônicos que passaram nas gravações do filme de 1980, além de cenas de nudez e pressão interna para que se apaixonassem no set da produção.

"Depois daquele filme, foi difícil ficar vestido. Havia cenas em que eu ficava nu com você, não sei se você se lembra – indo naquele escorregador e coisas assim. E isso era um pouco estranho, mas também foi meio engraçado para mim, porque naquele momento, eu simplesmente faria essas coisas. Mas sua reação foi [de irritação]", disse Atkins.

No bate-papo, Shields comentou que tinha um dublê de corpo no filme, pois era muito jovem na época das filmagens. "[Pensava:] 'Por que tenho que olhar para isso? Eu nunca tinha visto um antes. Não vou começar agora'", explicou a atriz sobre suas cenas de nudez com Atkins. "Vestíamos pequenas tiras de roupa e meu cabelo estava preso no meu corpo para cobrir os seios, que eram mínimos", acrescentou.

"Eu não sei o que eu estava tentando cobrir. Lembra das almofadas? Eles colocavam umas coisinhas cor de carne nos meus mamilos porque o mamilo evidentemente era onde eles colocavam um limite neste filme."

No meio da conversa, Shields também relembrou como os dois sofriam uma pressão interna para que se apaixonassem nas gravações e deixar as cenas mais românticas, sendo que, naquela época, a atriz não tinha nem dado seu primeiro beijo.

Para Atkins, essa ideia tinha um lado positivo. "Isso provavelmente foi ótimo para o filme, porque é disso que se trata. Você tem que admitir que a química entre nós foi simplesmente incrível. Houve muitos momentos que aconteceram lá, e eu acho que foi muito dessa inocência que apareceu no filme o que o fez funcionar ainda mais", afirmou o artista.

Depois destas análises, Atkins começou a relembrar de momentos de "insanidade" que viveu depois das filmagens. O ator enfrentou o alcoolismo e foi internado em uma clínica em 1986. Até hoje ele frequenta encontros semanais no Alcoólicos Anônimos.