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ONG Alagoana lidera projeto de referência no campo da Arte Deficiência

Por ASsessoria 17/12/2021 08h45
ONG Alagoana lidera projeto de referência no campo da Arte Deficiência
Reprodução - Foto: Assessoria
A próxima segunda-feira (20), às 10h, a ONG Ateliê Ambrosina lança virtualmente a exposição “Retratos Defiças” e o canal de podcast que leva o mesmo nome. O Projeto Retratos do Brasil com Deficiência teve início em setembro de 2021, com a mobilização e seleção de 44 cocriadores/as em todo território brasileiro – são 22 propostas em duo feitas com ou por defiças. Em Alagoas, participam do projeto, três duos-cocriativos de podcast e dois duos-cocriativos de retratos. Tudo começou com a orientação de Nádia Meinerz/UFAL, ao projeto de pesquisa "Deficiena: a Fotocolagem como Prática Etnográfica da Deficiência" (2019-2021) de autoria de Bruna Teixeira, que além de mestra em Antropologia Social, é fundadora presidenta do Ateliê Ambrosina. Bruna realizou uma pesquisa engajada com "interlocutoras" defiças – Olga Aureliano e Vanessa Malta - as quais chama de parceiras ou cocriadoras e atualmente produtoras desse projeto – em Alagoas, trazendo a perspectiva do pensar a deficiência, a partir do retrato etnográfico e da arte ativista e feminista. Malta e Olga são as produtoras locais do Projeto Retratos do Brasil com Deficiência, elas que realizam todo o operacional do projeto: contatos com os duos, agendamentos, criação de conteúdo do Instagram, análise das obras, atendimentos aos duos. Olga também faz as transcrições e a locução dos podcast. Retratos Defiças é exposição da galeria virtual do Projeto Retratos do Brasil com Deficiência, realizada pela ONG artivista Ateliê Ambrosina e capitaneado pela Universidade Western/Canadá. Busca o frescor sobre as escolhas tradicionais do retratar, nos permitindo reconhecer as pessoas com deficiência de maneiras novas e a partir do pensamento visual artístico. Explora o ato de encarar como uma oportunidade de mediação inventiva, entre pessoas com e sem deficiência. Por meio da fotografia, pintura, desenho, arte digital, dentre outras técnicas e suportes que foram de livre escolha dos 11 duos participantes, a exposição conta histórias autênticas, livres de narrativas limitadas e prejudiciais às pessoas com deficiência, mostrando como um gênero representacional conservador como o retrato pode atuar a serviço de uma política progressista de inclusão. Esta exposição faz parte dos esforços ativistas acadêmicos e políticos contra o capacitismo e a favor da amplitude dos estudos antropológicos no campo da arte-deficiência no Brasil. A exposição e podcast podem ser acessados pelo endereço eletrônico: https://www.retratosdeficas.com.