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"Sol Nascente" chega ao fim hoje; confira o melhor e o pior da novela

Por Globo 21/03/2017 11h30
'Sol Nascente' chega ao fim hoje; confira o melhor e o pior da novela
Reprodução - Foto: Assessoria

A novela “Sol Nascente” dá adeus à TV, hoje, e uma palavra poderia defini-la: superação. O folhetim, que em grande parte do tempo apresentou um enredo arrastado, conseguiu reverter a situação e fazer a audiência subir nos últimos meses, com as viradas que a história deu.

O ponto alto da trama foi mesmo parte do elenco, com destaque para os vilões: a experiente Laura Cardoso e o estreante em maldades Rafael Cardoso, que deram vida a Sinhá e Cesar respectivamente, brilharam. A atriz, de 89 anos, se divertiu.

— Achei maravilhoso viver uma velhinha do mal, lobo em pele de cordeiro — festeja Laura.

Laura Cardoso é a vilã Sinhá, grande destaque da novela. Foto: Divulgação/Rede Globo

 

Já para Giovanna Antonelli, que interpretou a mocinha Alice, gostoso mesmo foi poder ter seus momentos de maldade, descarregando toda a raiva da empresária no ex-namorado:

— Gostei da sequencia em que a Alice dá uma boa surra no Cesar. Adorei bater nele. Nos divertimos muito.

 

Rafael Cardoso interpretou Cesar muito bem. Foto: Cesar Alves / Rede Globo/Divulgação

 

Para o autor Júlio Fischer, nem a saída de Walther Negrão, por motivos de saúde, atrapalhou o desenvolvimento da novela.

— Já tínhamos estabelecido entre nós uma sintonia. Isso permitiu que Suzana Pires (também autora) e eu tocássemos o trabalho e desenvolvêssemos as trajetórias de cada personagem — afirma Fischer.

Pontos altos

A participação especial de João Vitti como Padre Julião deu uma movimentada na trama e discutiu bem um tema delicado: o celibato.

 

Lenita ( Leticia Spiller) e Vittorio (Marcello Novaes) se casaram na novela. Foto: Cesar Alves/Rede Globo/Dilvulgação

 

O casal Lenita (Leticia Spiller)

e Vittorio (Marcello Novaes) gerou expectativa e alvoroço em meio ao público. A torcida para os dois ficarem juntos extrapolou a trama e se refletiu na vida real dos atores, que já foram casados.

A trama praiana rendeu imagens lindas na TV. As paisagens eram um colírio para os olhos do telespectador.

 

Geppina (Aracy Balabanian) e Gaetano (Francisco Cuoco) formaram um fofo casal italiano. Foto: Rede Globo/Divulgação

 

Outro casal bonitinho de se ver foi Gaetano (Francisco Cuoco) e Geppina (Aracy Balabanian). A história não ficou reduzida a uma trama secundária, pelo contrário: abordou amor, sexo e ciúme na terceira idade.

A atriz Maria Joana mandou muito bem como a vilã Carol. Giovanna Lancellotti também arrebentou como Milena.

 

Carol (Maria Joana) foi uma ótima vilã. Foto: Rede Globo/Divulgação

 

Pontos baixos

O núcleo jovem da trama ficou muito tempo esquecido pelos autores e só começou a ser desenvolvido na reta final do folhetim.

Escalar o ator Luis Mello para viver um japonês gerou polêmica e dificultou que o personagem se tornasse crível no início.

 

Tanaka (Luis Melo), o patriarca da família japonesa. Foto: Rede Globo/Divulgação

 

Os autores poderiam ter explorado melhor a história de Dora (Juliana Alves). A personagem tinha endometriose e, por isso, não conseguia engravidar. Depois de perder o bebê e o marido, como ficou o sonho de ser mãe? Desapareceu? A alternativa foi transformá-la numa mulher bem-sucedida.

Japoneses, italianos, roqueiros tatuados, caiçaras... Variedade é bom, mas se for demais, pode atrapalhar. Nenhum dos grupos foi explorado com profundidade.

Os vilões tinham muuuuito mais personalidade que os mocinhos, ofuscados na trama.