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Mulheres plus size estão revoltadas com a "Playboy"

Por R7 26/12/2016 11h43
Mulheres plus size estão revoltadas com a 'Playboy'
Reprodução - Foto: Assessoria

Lembra que muita gente comemorou o fato de que a modelo plus size Flúvia Lacerda seria a primeira gorda a sair na capa da Playboy?

Pois bem, o pessoal soltou fogos e depois viu que não era lá como havia pensado: quem vai até as bancas esperando isto:

Encontra isto:

Tá, mas o que aconteceu?

Apesar de todo o estardalhaço que se fez, a Playboy havia informado desde o começo (fui até consultar de novo o texto que eles tinham enviado) que a capa da Flúvia seria apenas digital. Deram a isso o nome metido a besta de "capa de colecionador". Eu acho isso uma baita de uma conversa furada, mas ninguém pode dizer que eles mentiram. No máximo, quiseram se aproveitar de uma causa que rende muito buzz — o que não deixa de ser grave.

Mulheres que haviam se sentido representadas consideram que foram feitas de bobas. A melhor definição do tema foi da jornalista Daia Leide, que reproduzo a seguir:

"Revista que coloca a gorda na capa para desconstruir e pagar de moderna apoiadora da causa "mulheres reais", "plus size", o nome que for. Mas aí você vai na banca e a capa é outra. Quem está lá é a magra fitness padrão. É assim que você descobre que se quiser a Playboy desconstruidona tem que comprar apenas pela internet. A Milena Castro foi ótima ao dizer que é a velha história que se repete. A gorda é pra sair escondido. A de andar de mãos dadas na rua é a magra. A Playboy só reforçou isso. Eu acho importante que eles saibam que estamos de olho neste falso marketing de causas para ficar bem na fita. É por isso que eu quis falar. Não tem causa alguma. É só mais do mesmo com uma maquiagem social."

Flúvia Lacerda na 'Playboy': não tem nas bancas, só na internet (Foto: Divulgação)