Educação

Campus Arapiraca da Ufal concorre a prêmio do Ministério do Meio Ambiente

Ideia de plantar mais de seis mil mudas no perímetro do campus será avaliada entre melhores práticas sustentáveis

Por Manuella Soares / Ascom Ufal 13/09/2024 00h34
Campus Arapiraca da Ufal concorre a prêmio do Ministério do Meio Ambiente
Projeto Cerca Viva está concorrendo ao 10° Prêmio Melhores Práticas de Sustentabilidade do Brasil - Foto: Ascom Ufal

O projeto Cerca Viva, implantado pela Gerência de Infraestrutura (Geinfra) do Campus Arapiraca da Ufal, está concorrendo ao 10° Prêmio Melhores Práticas de Sustentabilidade do Brasil, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). A iniciativa concorre na categoria Uso racional dos recursos naturais e bens públicos.

“Estamos felizes por estarmos participando da premiação bienal e concorrendo com projetos de instituições públicas de todo o Brasil, em todas as esferas da federação. Para nós, isso já é uma vitória. O projeto tem um impacto educador profundo, transformando modos de pensar e promovendo uma cultura de sustentabilidade e responsabilidade ambiental entre servidores e cidadãos, tanto dentro quanto fora do espaço da administração pública”, destacou o administrador da Geinfra, José Alves Júnior.

É a primeira vez que a Ufal participa desta premiação nacional que tem por objetivo reconhecer o mérito das iniciativas das instituições públicas na promoção e na prática dos princípios da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P). Os melhores projetos de cada categoria serão escolhidos por uma comissão indicada por representantes do MMA e do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB).

Entre os critérios de julgamento estão os benefícios ambientais, sociais, sanitários e econômicos, inovação, integração, amplitude, governança e impacto no combate à mudança do clima. Os finalistas serão conhecidos no dia 10 de outubro.

O projeto da Ufal que concorre ao Prêmio A3P 2024 é uma iniciativa de construir um muro verde para delimitar os 2.138 metros lineares da sede da Ufal no Agreste e, para isso, foram plantadas mais de seis mil mudas de Mimosa Caesalpiniifolia, popularmente conhecida como Sabiá, ou Sansão do Campo, uma espécie nativa do nordeste brasileiro.

Mesmo sem ter finalizado todas as etapas do projeto, hoje a cerca viva possui árvores de 2,5 metros de altura e já cumpre sua finalidade de proteção da área numa proposta econômica e sustentável, visto que gerou uma economia de aproximadamente R$ 2,1 milhões para os cofres públicos.

“Todos nós, servidores da Geinfra Campus Arapiraca, estamos muito orgulhosos deste projeto, não só pela possibilidade de premiação, mas pelo legado de consciência e responsabilidade ambiental que estamos deixando para a Ufal e para a sociedade como um todo”, reforçou José Alves.

Concorrente inspirador

O problema de insegurança era histórico e foi mitigado, mas na submissão do projeto Cerca Viva ao Prêmio A3P a equipe da Ufal apontou todos os benefícios ambientais, sociais e econômicos para defender que esta é a melhor prática sustentável que merece ganhar.

Na proposta de defesa, a equipe destacou que a cerca de árvores traz benefícios ambientais diretos como redução de temperatura e ruídos, filtragem do ar, proteção do

solo, reciclagem de água e outros elementos químicos, além da retenção de carbono. A implantação do projeto também contribuiu para o reaparecimento da avifauna e o aumento de espécies de invertebrados.

A iniciativa da Ufal em Arapiraca envolveu a comunidade acadêmica e foi dividida em cinco etapas, tendo início em outubro de 2021 com a plantação de 2.250 mudas de sabiá de raiz nua, provenientes de árvores da cidade de Viçosa/AL. No ano seguinte, depois de uma alta taxa de mortalidade, a Geinfra utilizou 3.189 mudas plantadas em sacos de polietileno e cultivadas numa casa de vegetação do próprio campus. O projeto seguiu em 2023 com a plantação de mais 543 mudas e o replantio nas áreas onde houve mortalidade. Já esse ano a equipe levou 280 novas mudas e continuou acompanhando as áreas onde seria necessário replantar as árvores.

Todas as etapas foram realizadas entre os meses de abril e maio para aproveitar o período chuvoso, típico do inverno na região. Por isso, a próxima fase só será concluída no inverno de 2025, quando ocorrerá o plantio no último trecho do perímetro.

Mas esse não será o final, porque a Geinfra pretende que essa iniciativa seja inspiradora e replicada em outras instituições, como frisa o projeto. “Com os resultados positivos diretos e indiretos alcançados, a iniciativa passará a integrar a cultura organizacional da instituição, inclusive, com um forte incentivo para a manutenção do projeto e sua ampliação para outras unidades de ensino”.