A importância da implantação de um Centro de Pesquisa Clínica em um Hospital Universitário e Boas Práticas em Pesquisas Clínicas foram os temas discutidos no 1º workshop sobre Pesquisa Clínica e Pós-Graduação em Saúde, que aconteceu no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA), organizado pela Coordenação de Pesquisa e Inovação da Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP).

Trazendo palestras do coordenador do laboratório de hipertensão experimental e farmacogenética da Disciplina de Nefrologia (FMRP/USP), professor Eduardo Coelho, o evento contou ainda com apresentações dos programas de pós-graduação em saúde da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), reunidas no tópico Perspectivas de projetos e Grupos de Pesquisa Clínica no HUPAA-Ufal.

Além de uma ferramenta de inclusão em projetos institucionalizados, a pesquisa clínica, de acordo com o reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, é um diferenciador do ponto de vista do posicionamento da ciência e tecnologia no âmbito da saúde de uma instituição. A estruturação dos cursos de pós-graduação, é a garantia da perenidade das pesquisas a serem desenvolvidas, o que engaja os estudantes, sendo este envolvimento fundamental para o sucesso de toda e qualquer pesquisa.

“Quando temos a oportunidade de estruturar um sistema que permite a atuação de forma institucionalizada, estamos viabilizando a participação não só de pesquisadores, mas de grupos de estudantes, trazendo a paternidade e a maternidade dessas pesquisas para a nossa instituição também”, afirma o reitor.

Possuindo grande relevância nas questões assistenciais do Sistema Único de Saúde e tendo como papel principal o de formação de recursos humanos com qualidade, o HU passou nos últimos anos por processos que representam uma ‘virada de chave’ para que o espaço se consolide enquanto ambiente de pesquisa. Conforme relata o superintendente do HUPAA, Celio Rodrigues, “foram feitos investimentos de mais de R$10 milhões em equipamentos para a assistência, mas que também devem e precisam ser utilizados para pesquisa. Conseguimos fazer isso com o fomento da Ebserh para que pudéssemos avançar. Entramos num edital e captamos mais de R$ 500 mil para a reforma do espaço de pesquisa, cujas obras foram iniciadas, e permitirão abrir espaço para as atividades de alunos, professores e pesquisadores, nos consolidando, de fato, como continuação das Unidades Acadêmicas da Ufal”.

Para o chefe do Setor de Gestão da Pesquisa e da Inovação Tecnológica em Saúde (SGPITS) da GEP, professor Mário Jucá, o workshop é uma oportunidade para debate de potencialidade e um passo inicial na formação em pesquisa clínica, que terá abrigo no Centro de Pesquisa, e um dos seus objetivos é “trazer o conhecimento da Universidade, através dos seus pesquisadores, para que eles venham ajudar as pessoas que estão aqui dentro, já que nós temos 25 doutores e 126 mestres, e possamos trazer para este hospital um equipamento que possa produzir muito conhecimento”, completa.

“Um Centro de Pesquisa Clínica é relevante para melhorar a formação das pessoas em aspectos éticos e na qualidade de coleta de dados, e facilita ao pesquisador dando o suporte para que ele realize suas atividades da maneira mais correta”, define Eduardo Coelho. Segundo o docente, o local traz para o Hospital Universitário novos procedimentos e novas vacinas para serem ofertados aos pacientes da rede SUS, permitindo ampliar a oferta de tratamentos de ponta para portadores de doenças muito complexas, cujas formas de lidar possuem elementos ainda não descobertos, trazendo assim esperança.