Educação

Pró-reitores esclarecem sobre reajustes do Governo Federal nas bolsas

Reajuste foi oficializado em solenidade realizada no Palácio do Planalto no último dia 16

Por Lenilda Luna / Ascom Ufal 24/02/2023 17h47 - Atualizado em 24/02/2023 21h11
Pró-reitores esclarecem sobre reajustes do Governo Federal nas bolsas
Reajustes serão implantados em março - Foto: Ascom Ufal

O anúncio feito pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no último dia 16, em solenidade realizada no Palácio do Planalto, de reajuste que varia entre 25% e 200% nas bolsas de graduação, pós-graduação, de iniciação científica e na Bolsa Permanência em todo o país, foi recebido com otimismo pela comunidade acadêmica da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Os reajustes serão implantados em março.

Segundo informações publicadas pelo portal do Governo Federal, “as bolsas de mestrado e doutorado, que não tinham qualquer reajuste desde 2013, terão variação de 40%. No caso do mestrado, o valor sairá de R$ 1.500 para R$ 2.100. No doutorado, de R$ 2.200 para R$ 3.100. Já nas bolsas de pós-doutorado, o acréscimo será de 25%, com aumento de R$ 4.100 para R$ 5.200”, destaca a matéria.

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação (Propep), Iraildes Assunção, destacou a necessidade deste reajuste. “Uma vez que a defasagem no valor das bolsas vinha causando sérios impactos, como a evasão e a redução na procura pelos cursos de pós-graduação em todo o Brasil. Sem reajuste há dez anos nas bolsas, estava difícil manter os alunos nos cursos, diminuindo significativamente a atratividade, aumentando a evasão, com efeitos drásticos na ciência brasileira”, esclarece a pró-reitora.

Iraildes Assunção ressalta que o reajuste representa um alívio, mas ainda não alcança as perdas. “O reajuste não representa a correção dos valores na sua totalidade, mas já é uma ação muito positiva. Estávamos em atraso inclusive em relação às bolsas custeadas pelo Governo de Alagoas, já que a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) havia aumentado o valor das bolsas desde abril de 2022”, informa a pró-reitora.

Na Ufal, as bolsas pagas pelo Governo Federal, com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na cota de 2023 são: 300 do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic); Oito de ações afirmativas do Pibic; 28 de Pibic do Ensino Medio; 33 do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti). Do Fundo de Apoio à Pesquisa (FAP), são 151 do Pibic e 15 do Pibiti. As Bolsas de pós-graduação na Ufal, fomentadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), são 265 de Mestrado e 184 de Doutorado.

Sobre o anúncio em relação a Bolsa Permanência, o pró-reitor Estudantil, Alexandre Lima, esclarece que o reajuste se refere ao auxílio financeiro do Governo Federal para estudantes quilombolas, indígenas, integrantes do Prouni e alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica. “Por enquanto, não teremos reajustes nas bolsas de Assistência Estudantil mantidos pela Universidade, mas estamos estudando essa correção nos valores”, explica o pró-reitor.

Já na Graduação, segundo as informações do portal do Governo Federal, as bolsas de iniciação científica terão acréscimo de 75%, passando de R$ 400 para R$ 700. “De um modo geral, esses aumentos representam a revitalização das atividades acadêmicas e um aceno do compromisso da atual gestão com as Universidades. Depois de quase 10 anos sem reajuste no incentivo à Graduação, nossas bolsas estavam extremamente defasadas. Permitir o acesso dos estudantes de baixa renda no ensino superior é importante, mas é fundamental garantir a permanência”, destaca Amauri Barros, pró-reitor de Graduação.

Amauri Barros ressalta ainda que o reajuste significa um investimento em formação. “Os estudantes vão ter mais condições de comprar livros, participar de eventos, inscrever trabalhos em congressos e seminários. Enfim, é um apoio na formação completa dos estudantes. Em muitos casos, esse recurso também contribui para a renda da família. Nos últimos anos, perdemos muitos estudantes que não puderam continuar na Universidade porque precisam ajudar no sustento. A evasão foi resultado de uma política que não valorizou o Ensino Superior. Mas agora vamos resgatar o papel da Educação na transformação da sociedade”, conclui o pró-reitor de Graduação.

Veja a matéria publicada pelo Governo Federal.