Educação

Servidoras da Educação de Maceió contam o que fizeram com os precatórios

No total, a Prefeitura de Maceió pagou R$ 190 milhões aos mais de 11 mil profissionais

Por Ascom Semed 02/11/2022 20h14 - Atualizado em 03/11/2022 10h16
Servidoras da Educação de Maceió contam o que fizeram com os precatórios
Mais de 11 mil profissionais da Educação de Maceió receberam os precatórios - Foto: Ascom Semed

Com o pagamento dos precatórios do antigo Fundef aos mais de 11 mil profissionais da Educação de Maceió, muitos investimentos foram realizados nos campos profissional e pessoal. Seja em mobiliários para suas casas, na compra de um carro novo, seja em viagens ou investindo no filho em prol de sua melhoria de vida no futuro. De junho a outubro deste ano, a Prefeitura de Maceió pagou R$ 190 milhões a esses profissionais, se consagrando, assim, como o único Município que realizou e concluiu os pagamentos do benefício.

Na sede da Secretaria Municipal de Educação (Semed), a grande maioria dos servidores utilizou o dinheiro dos precatórios para realizar sonhos e comprar o que estava faltando em casa. Outras pessoas decidiram se livrar das muitas dívidas que tinham e limpar o nome.

O benefício satisfez quem estava esperando receber e também valorizou todos os trabalhadores que colaboram para uma educação digna na cidade, especialmente sob a atual gestão, que fez o que outras gestões não foram capazes de fazer.

Ticiane Melo, 41 anos, é professora há 12 anos e atualmente trabalha como coordenadora do Centro de Atenção Integrada à Criança e ao Adolescente (CAICA), na Semed. Ela contou que está na secretaria contribuindo e organizando formações continuadas desde 2010 e faz seminários, jogos educativos, palestras sobre o estatuto (ECA), o enfrentamento ao abuso sexual, bullying nas escolas, depressão e trabalho infantil.

A professora revelou que depositou o dinheiro dos precatórios na poupança e vai utilizá-lo para levar seu filho aos Estados Unidos para fazer intercâmbio estudantil quando ele completar 15 anos.

“Era um sonho antigo meu fazer isso. Eu não tinha nenhuma dívida e também não deu para fazer compras porque o dinheiro era pouco. Mas deu para fazer essa poupança. Quero investir em meu filho, dar as oportunidades a ele que eu nunca tive”, relatou a servidora.

Ela também disse que na época da gestão passada foi informado que nenhum profissional da Educação teria direito aos precatórios, apenas os servidores que trabalharam entre os anos 2006 e 2008. Para Ticiane, foi uma surpresa muito boa a gestão JHC liberar os pagamentos e valorizar os trabalhadores.

“Foi muito bom todos os funcionários serem reconhecidos e ganhar alguma coisa. O pouco ou o muito, mas todo funcionário recebeu alguma coisa. Eu que estou na sede, eu que estou nas escolas, faço o trabalho como todos os servidores fazem, então, esse dinheiro foi um reconhecimento para o professor que está aqui na ponta”, revelou.

Conquistas materiais

Natércia Lopes, de 40 anos, também tinha um sonho antigo que era trocar de carro. O automóvel anterior dela tinha problemas e toda vez que consertava, algo acontecia e ele quebrava novamente. Foi então que ela soube do pagamento dos precatórios e utilizou esse dinheiro para realizar a troca.

“Eu fiz o que todos os servidores daqui fizeram ao receber os precatórios. Me ajudou bastante e me trouxe um ganho a nível pessoal. Consegui trocar de carro, que era uma vontade minha antiga”, ressaltou.

Natércia também comentou que é com esse tipo de ação que os servidores conseguem melhorar a autoestima. “O servidor consegue se ver considerado profissional, ele se sente valorizado, então é muito significativo”, frisou.

A profissional está na Educação desde 2008 e atualmente trabalha na coordenação do Núcleo de Avaliação e Pesquisa (NAPS), da Semed. Para ela, não houve outras gestões como essa que tem tanto cuidado com o servidor.

“Tenho que enfatizar que a atual gestão está sendo a melhor desde quando entrei no ensino público. É uma gestão que vem valorizando muito os servidores públicos”, comentou.

Outra educadora da Semed é Graça Gomes, 53 anos, pedagoga. Desde 1996 atua na Educação do Município e hoje em dia trabalha como técnica pedagógica na secretaria e é coordenadora do Núcleo de Formação Continuada.

Graça contou que foi uma das primeiras a receber e que utilizou o benefício para pagar todas as dívidas. “Agora eu não tenho mais dívidas, me livrei. Agora o meu salário vai ficar livre”, disse.

Graça também acredita que ter recebido os precatórios foi de extrema importância. “Porque eu ia ter uma dívida de quase cinco anos, com a prestação alta, e pagando tudo tive um desconto no banco. Essa prestação não terei mais porque os precatórios me ajudaram muito”, concluiu.