Educação
Mensalidade de faculdades privadas sobe 6,2% no primeiro semestre
Estudo também apura que cursos de Direito, Administração, Enfermagem, Psicologia e Educação Física estão no topo da preferência dos estudantes
A educação superior privada no Brasil apresentou inflação de 6,2% em cursos presenciais no primeiro semestre de 2017 em relação ao mesmo período do ano passado. Já os cursos de Educação a Distância (EAD) registraram acréscimo de 12,7%. As variações estão acima dos 4,6% observados no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) no acumulado dos últimos 12 meses. A informação foi coletada pelo Panorama Quero Bolsa do Ensino Superior Privado no Brasil, estudo que mensura os principais indicadores do ensino superior privado brasileiro.
Reunindo informações completas e ofertas de bolsas de estudo de até 70% em mais de 1.000 faculdades de todo o País, o Quero Bolsa representa atualmente cerca de 40% da captação nacional e recebeu mais de 10 milhões de visitantes únicos no último semestre. O acesso de estudantes em um portal único permite à empresa coletar informações importantes sobre o comportamento dos candidatos que desejam ingressar em um curso de educação superior privado.
Para chegar ao resultado do estudo, a área de Inteligência de Mercado do Quero Bolsa levantou a variação do preço cheio no período avaliado, ponderado pela captação apresentada no Censo de Educação Superior 2015, que é a informação pública mais atual. Para efeitos de comparação foi efetuado um levantamento da inflação das mensalidades com desconto dos cursos que foram disponibilizados no site Quero Bolsa, entre setembro de 2016 e março deste ano.
De acordo com Bernardo de Pádua, fundador e CEO do Quero Bolsa, o aumento do valor médio das mensalidades pode ser resultado do aumento de custos e dos investimentos em infraestrutura realizados pelas instituições para se adequarem às exigências do mercado.
O Quero Bolsa também levantou a variação do preço médio por categorias de cursos, seguindo a segmentação de área geral definida pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os cursos presenciais de Saúde, Bem Estar Social, Ciências, Matemática e Computação apresentaram a maior inflação do período. Já quando se trata de EAD, a maior variação de preço foi apresentada pelos cursos das áreas de Engenharia, Produção, Construção e Serviços.
Confira abaixo:
Cursos mais almejados
O relatório observou também que os cursos de Direito, Administração, Enfermagem, Psicologia e Educação Física estão no topo da preferência dos estudantes quando pesquisam um curso de ensino superior na internet.
Já os cursos de Medicina, Ciências Contábeis, Educação Física, Farmácia e Recursos Humanos têm apresentado aumento na procura nos últimos semestres, enquanto Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo dão sinais recentes de perda de posições no gosto do estudante.
Confira o ranking dos 16 cursos mais buscados no site Quero Bolsa nos últimos anos e a variação semestral de procura e preferência por cada um deles:
Brand Awareness e Brand Preference
O estudo identificou as instituições privadas com maior prevalência nos quesitos “lembrança” e “preferência”, por parte dos estudantes brasileiros.
Observando-se as principais regiões brasileiras, percebe-se um fenômeno relativamente homogêneo: enquanto que as marcas premium de cada praça são geralmente locais, as marcas mais top of mind são de grandes grupos – quando presentes –, que possuem maior capacidade de investimento em mídia e, portanto, mais probabilidade de se sobressaírem no brand awareness.
Resultado das “marcas mais lembradas” nas principais praças:
Para análise foi feito agrupamento por grupos de cursos semelhantes e avaliado o volume de buscas por determinada IESs para cada agrupamento.
São Paulo: UNIP é a mais buscada para a maioria dos cursos. Na sequência, Uninove também aparece com destaque;
Rio de Janeiro: Estácio em primeira posição, seguida de UVA e UNISUAM;
Belo Horizonte: UNA aparece na primeira posição em todos os grupos de cursos; PUC Minas, Faculdade Pitágoras e Estácio também têm bons índices;
Curitiba: Universidade Positivo lidera, seguida pela PUC PR;
Brasília: UDF e UNIP disputam a primeira colocação, seguidas pela UNIPLAN.
Salvador: UNIJORGE e Estácio rivalizam em awareness;
Recife: Estácio aparece com destaque nos cursos de Engenharias e Saúde. Já a Joaquim Nabuco lidera em Negócios e Direito;
Manaus: FAMETRO lidera com ampla folga, seguida pela UNIP.
Resultado das “marcas preferidas” nas principais praças:
São Paulo: Mackenzie é a marca mais forte e é destaque em várias categorias, como Engenharias, Direito, Negócios. Também chama atenção a força da Anhembi Morumbi na área da saúde. De resto, o cenário é bastante competitivo, com várias faculdades disputando posições intermediárias;
Rio de Janeiro: O cenário é bastante competitivo. UVA se destaca em Engenharias e Saúde. PUC em Direito e IBMR em Negócios;
Belo Horizonte: Destaque para a FUMEC e UniBH – as únicas que lideram a preferência dos alunos;
Curitiba: Ambiente bastante competitivo. As faculdades UNICURITIBA, PUC PR, FPP – Faculdade Pequeno Príncipe e UniSociesc lideram juntos a preferência.
Brasília: Destaque para a UNICEUB, que aparece em primeiro em dois grupos de cursos. UCB e UNIEURO também lideram um grupo cada;
Salvador: UNIFACS lidera a preferência, seguida de perto por IBES e UCSAL.
Recife: UNICAP aparece na frente em duas categorias. Faculdade Nova Roma e UNINASSAU também se destacam;
Manaus: Não há nenhuma marca dominante em todas as categorias. A rivalidade aparece principalmente entre ULBRA, Nilton Lins, Maurício de Nassau e Uninorte.
Perfil dos alunos
A idade média dos alunos que adquirem bolsa no portal Quero Bolsa é de 26 anos, similar à distribuição etária dos calouros no Censo da Educação Superior, que possui média de 26,3. A renda familiar per capita de 66% dos estudantes Querobolsistas é de até R$ 1.320, já 27% possuem remuneração entre R$ 1.320,00 e R$ 2.640,00.
Em termos de nota na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), a maioria dos alunos está na faixa de 500 a 600 pontos. Já na questão do gênero, 60% dos Querobolsistas são mulheres e 40% são homens. O mix de gênero é bastante similar ao do Censo da Educação Superior, que indica uma proporção de 58% vs 42%.
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