Educação
Ferramentas digitais na busca por vagas de estágio é tão eficaz quanto indicação
Atualmente, sites, plataformas especializadas e redes sociais ganham cada vez mais peso.
Em tempos de mercado acirrado, buscar novos caminhos para se sobressair é essencial. Ainda mais para a parcela da população que mais sofre com a redução dos postos de trabalho: os jovens. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 1 em cada 4 brasileiros entre 18 e 24 anos encontra-se a margem do mercado. E nesse momento, ferramentas digitais tem demonstrado maior relevância, sobretudo para os programas de aprendizagem, que miram justamente nos estudantes. É o que aponta um estudo exclusivo realizado pela Companhia de Estágios – consultoria e assessoria especializada em programas de estágio e trainee.
De acordo com o levantamento, que contou com 2.193 participantes de todas as regiões do país, atualmente, sites especializados são mais eficazes na hora de garantir uma oportunidade, pareando, inclusive, com o controverso fator “indicação”. Números apontam que ambas alternativas foram a principal porta de entrada para 60% dos participantes que já ingressaram em programas de estágio. No entanto, segundo os especialistas do setor, plataformas específicas podem assegurar melhor o desenvolvimento e sucesso do jovem na função desempenhada do que as indicações que, em muitos casos, podem ter conotações pessoais.
O caminho até a vagaDentre aqueles que especificaram o meio pelo qual conseguiram a vaga 29,6% afirmam que conseguiram uma oportunidade através das plataformas de divulgação, tanto é que, grande parte dos entrevistados alega ter se cadastrado em até cinco sites de recrutadoras diferentes. Nesse mesmo páreo, praticamente empatado, se encontra o fator “indicação”, que garantiu uma vaga para 29,8% dos estudantes. As redes sociais ganharam maior peso nessa tarefa em relação ao ano último ano – sua participação dobrou, passando de 5,1% para 9%. Já a relevância dos sites das próprias empresas nesse quesito caiu de 10,4% em 2016 para 8,3% em 2017.
A internet é uma ferramenta valiosa nessa empreitadaAs ferramentas digitais ganharam espaço e se consolidaram como principal recurso na hora de buscar vagas. Ao mesmo passo em que a inclusão digital se expande a todas as camadas da sociedade, cresce também a participação da internet como um meio de acesso no qual os profissionais podem conhecer e se candidatar as mais diversas vagas, em áreas variadas, e, algumas vezes, divulgadas exclusivamente através da web.
Boa parte dos candidatos já recorrem a agências e recrutadoras digitais na busca por uma colocação no mercado e todo o processo é feito exclusivamente on-line, sem sair de casa. Prova disso é que os meios manuais, como os classificados dos jornais, configuram apenas 2% dos resultados do estudo, e os sites de consultoria, plataformas de divulgação de vagas e redes sociais, se analisados em conjunto, quase dobram as indicações.
Já não é mais necessário imprimir várias cópias do currículo como antigamente, sua versão on-line, cadastrada em sites específicos, otimiza o tempo e os custos desse processo de busca, como afirma Tiago Machivian, diretor da Companhia de Estágios: “Em poucos cliques o alcance do currículo enviado pode atingir proporções gigantescas, assim as oportunidades se expandem. Além disso, as recrutadoras possuem um banco de dados extenso justamente para encontrar a vaga que melhor atende as expectativas do candidato e o perfil mais adequado às exigências das empresas” – explica o especialista.
O uso das redes sociaisAs redes sociais, inicialmente usadas apenas para interações e trocas pessoais de informações cotidianas e entretenimento, também estão conquistando seu espaço no mundo corporativo. O Facebook, uma das plataformas desse ramo de maior potência no Brasil e no mundo perdeu a preferência dos entrevistados para o LinkedIn, que no último ano aparecia em segundo posto. A rede social voltada para relações profissionais conquistou o primeiro lugar como rede social mais usada na procura pelo estágio em 2017, eleita por quase um terço dos entrevistados.
Na opinião do especialista essa ferramenta pode ser uma aliada poderosa, tanto para abrir novas oportunidades de inserção no mercado quanto para facilitar a construção de um bom networking, mas vale ressaltar que, nesses ambientes, todo cuidado é pouco. É preciso saber separar o perfil pessoal, geralmente mais informal, do profissional, que objetiva expor a qualidade do trabalho, as experiencias e uma postura mais séria, voltada para as relações comerciais.
Indicação x Plataformas especializadasMuito antes da internet existir, o fator “indicação” já estava presente no ambiente profissional. Segundo Rafael Pinheiro, gerente de Recursos Humanos, a recomendação de alguém de confiança sempre teve um peso relevante na hora de uma contratação, no entanto, ele afirma que isso não representa necessariamente a garantia de um processo eficaz. “Para permanecer na função e conseguir se desenvolver profissionalmente apenas a indicação não basta, pois, apesar de muitas vezes este fator assegurar características pessoais altamente desejadas, não significa que no âmbito profissional de determinada vaga as exigências foram atendidas” – afirma o gerente de RH.
Pinheiro ressalta também grande parte das pessoas não dispõem de alguém influente o bastante para atestar suas qualidades perante as vagas a que se candidatam, especialmente quem ainda não possui uma carreira sólida, como é o caso dos estagiários, isso explica porque tanto os trabalhadores quanto as organizações têm buscado cada vez mais o intermédio de consultorias especializadas para auxiliar nesse processo. “Elas dispõem de métodos avançados e filtros mais apurados, então, as chances de acertar o perfil ideal para determinada vaga são muito maiores. Portanto, para que as indicações tenham uma relevância maior também é necessário que os indicados passem por esses filtros de seleção” – finaliza o especialista.
Fonte: Companhia de Estágios | PPM Human Resources
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