Educação
Alunos do Sesi participam de seletiva para mostra de foguetes
Aeroclube de Maceió virou, temporariamente, uma base de lançamento de foguetes
Nesse sábado, 13, o Aeroclube de Maceió virou, temporariamente, uma base de lançamento de foguetes. As “máquinas” foram construídas pelos alunos dos ensinos fundamental e médio da Escola Sesi Industrial Abelardo Lopes, a partir de materiais como garrafas pet e reagentes químicos como água, vinagre e bicarbonato.
A cada lançamento, muita vibração, pois, além do céu, a meta dos alunos do ensino médio era conquistar a classificação para a Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), que será promovida na cidade de Barra do Piraí-RJ. Eles aguardam, ansiosos, o resultado consolidado dessa seletiva.
A construção e o lançamento de foguetes não são apenas competição. A atividade enriquece o aprendizado em disciplinas como Matemática, Química e Física, conforme explica o professor Urandy Carlos, que coordena as olimpíadas científicas na Escola Sesi Industrial Abelardo Lopes.
“Existe também a questão da disciplina, por exemplo, eles têm até que deixar o local de lançamento limpo, depois. Eles aprendem geometria, a questão da distância, calculam a quantidade de combustível (no caso do fundamental, a água pressurizada), o peso do bico do foguete...”, revela.
Ele afirma que as tarefas desenvolvem, ainda, a coordenação motora fina. “Os meninos, hoje em dia, não têm mais coordenação para montar e desmontar as coisas. Eles conseguem recuperar isso na robótica e no lançamento de foguetes, que são diferenciais de nossa escola”, assegura Urandy Carlos.
Entre os construtores de foguetes, havia dois vencedores. João Augusto Catão, do 1º ano, é campeão alagoano de Matemática (2016) e destaca como a atividade prática contribui para ele aprender mais. “A gente vê o assunto fora da sala e complementa o aprendizado”, atestou.
José Weverton Morais da Silva, do 8º ano, que ganhou medalha de ouro em competição estadual de lançamento de foguetes em 2016, disse que aprendeu a trabalhar em equipe, além de aperfeiçoar os conhecimentos de Física. “Se estiver chovendo e a gente lançar um foguete, ele não vai tão longe por causa do atrito da água. Outra coisa é que, se as aletas (‘asas’ do foguete) estiverem tortas, ele vai acabar rodando e também não vai muito longe”, explica.
O garoto destaca o diferencial das aulas extraclasse. “É bem melhor porque você pratica, está ali, fazendo. É melhor do que na sala de aula, que você está só escrevendo”, concluiu.
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