Educação
Alunos da rede estadual são medalhistas em competição de Kung Fu
Nove meses após implantação do Projeto Jovem Atleta Dakaru na Escola, alunos da Escola Estadual Bom Conselho conquistam
Em julho de 2017, o Projeto Jovem Atleta Dakaru na Escola (Projade) completa um ano na Escola Estadual Bom Conselho, em Bebedouro. Este mês, a iniciativa da Associação Alagoana de Dakaru (ASAD) que conta com o apoio da Secretaria de Estado do Esporte, Lazer e Juventude (Selaj) e da unidade de ensino, teve alunos medalhistas na quarta edição do Kung Fu Fight, realizada no último fim de semana. Uma conquista não só no âmbito do esporte, mas também para a vida dos garotos.Dentre os medalhistas do projeto, estão Leonardo Flávio de Oliveira, ouro na categoria 70 a 75 kg; João Raimundo dos Santos, ouro na modalidade 65 a 70 kg; Aliton Apolinário, prata na categoria 60 a 65kg/intermediário; Alisson Solano Maia, prata na modalidade 60 a 65 kg/iniciante e Ingrid Beatriz Oliveira, prata na categoria 43 a 48kg feminino. Os irmãos Carlos Alexandre de Melo e Warlley Melo Silva foram ouro como dupla na modalidade Tao Chao com armas e prata como trio ao lado do colega Gustavo Cruz na categoria Mãos Livres. Todos são estudantes da Bom Conselho, com exceção de Ingrid Beatriz, aluna do 8º ano da Escola Estadual Guedes Nogueira, também de Bebedouro.O coordenador do projeto, Cristiano Gomes, comemora os resultados obtidos no campeonato, que foi transmitido pela internet e, segundo seus organizadores, teve audiência até no exterior. “Ficamos muito felizes com as medalhas, pois, mesmo com meses de treinamento, eles tiveram uma evolução notável. Mas, a meu ver, o mais importante é a lição de vida que eles adquiriram, aprendendo a ganhar, a perder, a não desistir”, pontua Cristiano.
O medalhista Leonardo foi um destes casos, conquistando um ouro graças a seu poder de superação. “Eu me machuquei durante a luta, pensei em desistir, mas tive o incentivo do professor e de meus colegas. Daí, tive forças para vencer a luta”, relata o aluno da 2ª série do ensino médio.Comemoração também para os irmãos Carlos e Warley. “Fiquei surpreso, quando vi que tínhamos vencido. Foi uma emoção incrível”, conta Carlos.Transformação
As aulas do projeto acontecem duas vezes por semana, 4 horas por dia, sempre no contraturno das aulas. Além do kung fu, os alunos aprendem Inglês, Cidadania, jogos de Lógica e discutem diversos outros temas.
A diretora-geral Damiana Melo enumera os benefícios que o projeto trouxe para o amadurecimento dos adolescentes. “Os meninos que participam do kung fu mudaram sua postura, tem mais compromisso, são mais participativos, preocupam-se com o espaço escolar. E o projeto alcançou toda a comunidade, pois temos alunos de outras escolas públicas e particulares de Bebedouro participando. Até mesmo as mães frequentam as aulas. É uma ação que só trouxe benefícios para nossa escola”, afirma Damiana.
Os alunos também relatam as transformações que sofreram com o projeto. No caso de João Raimundo, o kung fu propiciou um melhor relacionamento com a família e a escola. Já Warlley passou a enxergar a beleza em pequenos gestos. “Aprendi que dar um bom dia e ajudar um idoso podem nos fazer muito bem”, conta o garoto.Ingrid Beatriz, ou simplesmente “Bia”, como prefere ser chamada, é outro exemplo de mudança pelo esporte. A garota, que conheceu o projeto por intermédio de um amigo, leva, em média, 20 minutos a pé da Escola Guedes Nogueira até o Bom Conselho para assistir às aulas. O esforço, de acordo com Bia, vale a pena.“Mudei completamente, aprendi muito com o kung fu, passei a reconhecer meus erros. Hoje, sou parceira da escola e integro o grêmio estudantil”, fala a estudante de 14 anos.
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