Economia

Abrasel mostra que bares e restaurantes esperam aumento no faturamento no Dia das Mães

Dívidas e empréstimos ainda pressionam os estabelecimentos, que têm alto número de empresas operando sem lucro

Por Abrasel 12/05/2023 11h03 - Atualizado em 12/05/2023 11h07
Abrasel mostra que bares e restaurantes esperam aumento no faturamento no Dia das Mães
Segundo a pesquisa, 14% das empresas consultadas acreditam que o faturamento não deve apresentar alteração em relação ao ano anterior e 7% esperam queda nas vendas - Foto: Imagem ilustrativa

A expectativa é boa para o Dia das Mães, no próximo domingo (14 de maio), de acordo com uma pesquisa nacional realizada pela Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes). O levantamento consultou empresas de todos os portes e regiões do país e revelou que 79% dos bares e restaurantes esperam aumento no faturamento em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo a pesquisa, 14% das empresas consultadas acreditam que o faturamento não deve apresentar alteração em relação ao ano anterior e 7% esperam queda nas vendas. O aumento esperado é de até 10% para 30% dos entrevistados, enquanto outros 30% esperam um aumento mais expressivo, entre 11% e 30%.

“O Dia das Mães é uma das duas datas mais importantes para o nosso setor, junto com o Dia dos Namorados. O otimismo é grande em aumentar o faturamento, mas com os pés no chão, tanto que mais da metade de quem espera aumento diz que será de até 20%. Ainda estamos em uma situação crítica, com muitos estabelecimentos operando sem lucro mês após mês”, diz o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci.

Para o presidente da Abrasel Alagoas, Marcus Batalha “A expectativa de vendas para o Dia das Mães é grande para o setor. Se conseguirmos alavancar esse movimento, será muito positivo para todos nós já que muitos ainda estão passando por dificuldades em fechar suas contas tendo como uma das grandes preocupações os empréstimos contraídos e que hoje muitos não conseguem pagar”.

A pesquisa mediu também a situação em relação ao desempenho no mês de março. Houve pequena redução no número de empresas realizando prejuízo (de 30% em fevereiro para 27% em março), mas o número continua muito alto. Em relação aos empréstimos, 68% das empresas dizem ter captado recursos por meio do Pronampe, e a inadimplência está em 16%, taxa bem acima da média do programa (de 4,3%).

A pesquisa ouviu os empresários sobre a expectativa de renegociar os débitos, usando a lei sancionada pelo governo em abril: 40% disseram que tentarão renegociar o prazo dos empréstimos, 36% não pretendem fazer isso e 24% ainda não se decidiram. Houve pequeno crescimento no número de empresas com pagamentos em atraso: hoje é de 41%, contra 40% do mês anterior. A maior parte das que devem têm atrasos em relação a impostos federais: 76%.

“É preciso muita atenção para que as renegociações do Pronampe aconteçam sem amarras. E também estamos de olho no Senado, onde será decidida a entrada do nosso setor no Perse - as dívidas voltaram a aumentar e, sem alguma ajuda para resolver a questão dos impostos atrasados, muitos irão fechar as portas”, completa Solmucci.

Veja levantamento  na galeria de arquivos abaixo.