Economia

Preço da gasolina volta a subir em Alagoas

Levantamento da ANP aponta que valor médio praticado no Estado é de R$ 5,66; expectativa é de redução nas próximas semanas

Por Luciana Beder – Colaboradora com Tribuna Independente 13/04/2023 10h26
Preço da gasolina volta a subir em Alagoas
Na capital alagoana, preço médio registrado foi de R$ 5,57; dentre os 17 postos pesquisados pela ANP, valor vai de R$ 5,35 a R$ 5,80 - Foto: Edilson Omena

O preço médio do litro da gasolina subiu após três semanas de queda em todo o país, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em Alagoas, o preço médio registrado da gasolina comum, segundo o último levantamento realizado pela ANP, foi de R$ 5,66.

Na capital alagoana, o preço médio registrado do combustível foi de R$ 5,57. E, dentre os 17 postos pesquisados em Maceió, o menor valor encontrado da gasolina comum foi R$ 5,35 e o maior R$ 5,80.

O marceneiro José Filho disse que o valor tem pesado no bolso e tem variado entre gasolina e álcool, mas, independente do preço, não abre mão de abastecer em postos de ‘confiança’.

“O álcool rende menos, mas costumo variar porque a gasolina está muito cara. Antes, eu abastecia com gasolina por R$ 5,49 e agora está R$ 5,57. Antes desses aumentos, já gastava mil reais por mês com combustível. Agora, gasto em torno de mil e trezentos. Está muito pesado, mas, infelizmente, não tem como não abastecer. Moro na parte alta e todo dia tenho que ir para a parte baixa”, afirmou.

A bancária Paula Vanesla também usa muito combustível e contou que prefere não contabilizar os gastos para não sofrer. “Uso para trabalhar, deixar os meninos na escola, meu esposo também usa para ir ao trabalho. Prefiro não fazer o cálculo do quanto gasto porque a gente abastece e o ponteiro mal sobe”, disse.

ECONOMISTA

De acordo com o economista Diego Farias, há dois fatores que justificam o aumento no preço da gasolina. “Temos o aumento do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] e o aumento do barril de petróleo, paridade internacional. Mas, com a queda do dólar, teremos uma redução nas próximas semanas”, explicou.

Segundo o diretor executivo do Procon Maceió, Leandro Almeida, o órgão tem acompanhado através de pesquisa o preço de todos os combustíveis.

“Nenhum preço, a princípio, está fugindo do que era previsto, tendo em vista que desde o dia primeiro de abril foi reajustado em torno de 4%, com acréscimo de 2% do ICMS do Governo do Estado e a incidência da Fecoep [Fundo de Combate a Pobreza] em relação ao preço dos combustíveis. Então, os valores somados também aos ajustes anunciados pela Petrobras, por enquanto, estão dentro das margens de aumento e reajustes informados”, afirmou.

Almeida ressaltou que o Procon Maceió segue acompanhando e orientando os consumidores a pesquisarem. “É importante fazer uma pesquisa, procurar abastecer o veículo em um posto que tem uma incidência menor no preço para incentivar um movimento natural de concorrência, com a redução dentro das possibilidades do comércio, e sempre requisitando nota fiscal para que, em caso de qualquer problema ou possível abuso, ele possa utilizar os canais do Procon para reclamação”, disse.

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Alagoas (Sindicombustíveis/AL) informou que não acompanha os reajustes dos combustíveis e não tem acesso à relação dos postos com as distribuidoras, portanto, não tem como precisar os motivos dos reajustes ou fazer previsões.