Nos últimos anos, o mercado imobiliário alagoano, sobretudo em regiões como a capital, litoral Sul e especialmente a Costa dos Corais, com valores considerados dos mais caros do Brasil por metro linear de áreas à beira mar, atingiu níveis altíssimos. Isso trouxe como consequência uma exploração imobiliária sem precedentes e abriu a oportunidade deste cobiçado mercado a um tipo de crime que vem aumentando, aquele do falso corretor de imóveis, nos aluguéis e especialmente na venda de terrenos.

Apesar da vigilância do Creci/AL, o órgão responsável pela coordenação das ações dos corretores, os casos continuam aumentando. A denúncia mais recente, que foi da corretora de imóveis de Maceió, Polyanny Santos, que acusou que criminosos estão se passando por ela para enganar clientes e aplicar golpes, acendeu o sinal de alerta do Conselho Regional de Corretores de Imóveis.

Segundo ela, estelionatários estão atuando em Alagoas e também em outras capitais do Nordeste, usando sua foto do WhatsApp e um e-mail falso para confundir as pessoas. A corretora já fez uma denúncia no Creci, inclusive, relatando casos de outras pessoas que haviam sido vítimas desses golpistas em João Pessoa, na Paraíba.

Depois de mais esse caso, o presidente do órgão, Sérgio Cabral, e o delegado distrital da entidade em São Miguel dos Milagres, Kenny Wilson, região cobiçada por falsos corretores, se manifestaram.

Para Cabral, comprar um imóvel exige do comprador certos cuidados. Primeiro escolher um profissional com carteira profissional atualizada, verificar a veracidade deste profissional pelo site Creci/AL, porque escolher um profissional devidamente inscrito no conselho significa que ele está habilitado a ver se imóvel está irregular ou com problemas.

“Além disso o profissional tem a obrigação de conhecer todas as documentações exigidas para realização de uma escritura ou promessa de compra e venda, bem como nunca exigir do comprador algum sinal e jamais depositar em conta que não seja a do proprietário que esteja citado na certidão de ônus ou promessa de compra e venda e de preferência sempre presencial em um cartório competente ou em um escritório físico do corretor que está atendendo”, afirmou Cabral.

Já para Kenny Wilson, que é o delegado distrital do Creci em São Miguel dos Milagres, a Rota Ecológica está se transformando numa bolha imobiliária anunciada. “Inúmeros empreendimentos e cidades com infraestrutura mínima, podem trazer enormes prejuízos a médio prazo, seja para o empresário de pousadas, seja pro turista de negócios, que investe em empreendimentos, esperando além de valorização, retorno nas diárias. Só o tempo dirá como a economia irá administrar esta tendência. Diante disso fica a dica: ao comprar um imóvel procure um profissional corretor de imóveis”.