Economia

Contador dá 7 dicas de como contratar, preparar e reter os melhores talentos

Por Assessoria 04/10/2022 12h27
Contador dá 7 dicas de como contratar, preparar e reter os melhores talentos
Fabiano Azevedo - Foto: Bárbara Acioly

Empreender exige mais do que ter uma boa ideia na cabeça, há de ter muita habilidade para colocá-las em prática, atender bem seus clientes e parceiros, além de gerir bem a empresa e sua equipe, independente da quantidade de colaboradores.

Dentro deste complexo mundo da gestão, mais do que coordenar as finanças, um dos maiores desafios é contratar, preparar e reter os melhores talentos. É justamente sobre este assunto que o contador consultivo Fabiano Azevedo, expert em contabilidade, empreendedorismo e gestão, vai palestrar no Campus da Flórida Christian University (FCU), em Orlando, Flórida, nos Estados Unidos, dentro da programação do programa de Imersão na Comunidade Empreendedora Global (IGEG), que acontece de 7 a 11 de novembro deste ano.

Ele dá dicas importantes para quem quer ter uma excelente experiência de equipe e, assim, colher os melhores resultados:

1 - Fit Cultural com a empresa

“Quando uma empresa tem uma cultura forte, ela atrai talentos que se identificam com os valores inegociáveis e os propósitos da empresa. Muitas vezes o time está desengajado, tem pessoas desengajadas porque elas estão trabalhando simplesmente por dinheiro, não acreditam nos valores, no propósito. Se a empresa tem uma cultura organizacional, mas ela não é trabalhada, disseminada, as pessoas vão entrando na empresa, cada uma tem uma crença, e no final das contas ninguém acredita muito no que a empresa é e no que ela propaga. Ter este Fit Cultural entre a cultura da empresa e o colaborador faz total sentido”, defende Fabiano Azevedo.

2 - Liderança e Cultura coerentes

A cultura da empresa precisa ser coerente com o líder, ao mesmo tempo que o líder precisa ser coerente com essa cultura. “Se eu digo que sou honesto e transparente, eu não posso tratar de outra forma os clientes ou os colaboradores, porque os colaboradores vão ver que a cultura não é verdadeira, já que o líder, que é o dono da empresa, não coloca isso em prática. Ele só quer fazer com que o colaborador pratique determinadas condutas que ele professa ser a cultura da empresa, mas, na verdade, ele nem acredita naquilo, e nem faz. Por isso, é essencial que exista uma cultura e uma liderança coerentes”, assinala.

3 - Onboarding no início da jornada, com o playbook que apresente a história da empresa e o código de ética e conduta

Para que as contratações sejam bem sucedidas, é importante que exista um onboarding. Ou seja, uma fase para que o colaborador seja preparado para trabalhar na empresa. "Acontece que muitas vezes as pessoas estão trabalhando numa empresa, mas elas não sabem a história da empresa, não têm apego emocional porque não sabem como aquilo começou e o porquê de algumas decisões. Vale ressaltar que muitas vezes as decisões atuais são baseadas em questões que surgiram lá no início da empresa, então, conhecê-las torna-se mais entendível. As pessoas gostam de saber o porquê delas estarem fazendo algo”, detalha. Sobre o playbook, que apresenta a história da empresa e o código de ética e conduta, ele é necessário para que a experiência do colaborador não seja ruim. “O empreendedor reclama do colaborador, dizendo que era para ter feito isso ou aquilo, mas o empresário nunca disse a ele o que ele tinha que fazer e o que ele não poderia fazer, o que não é admissível que seja feito na empresa em relação a comportamento e ética. Isso não engaja e gera uma experiência negativa”, conclui.

4 - Investimento em ambiente de trabalho e clima organizacional

Fabiano Azevedo destaca a necessidade de criar um ambiente agradável, adequado e propício para o trabalho. “O colaborador sai de casa e precisa de um ambiente confortável e que também tenha um clima organizacional legal, tendo em vista que as pessoas são diferentes e, por isso, precisa ter ordem, ética, conduta para que todas as pessoas respeitem a individualidade de cada um e, ao mesmo tempo, entendam que são um time. Se tem um clima organizacional bacana, com rituais, tradições, as pessoas começam a se conectar e aí tudo começa a funcionar melhor”, aconselha.

5 - Jornada do colaborador com um plano de desenvolvimento individual

Estar numa empresa pode e deve implicar em um plano de desenvolvimento individual para cada colaborador. “Quando uma pessoa chega na empresa, é muito importante que o líder deixe claro que elas podem assumir outros cargos, podem crescer na empresa”, ensina.

6 - Escuta ativa do líder

Mais do que ser assertivo em seus posicionamentos, o líder precisa escutar o que o colaborador deseja individualmente para ele, só assim a empresa poderá oferecer chances que façam sentido para quem trabalha nela. “A escuta ativa faz com o que o líder efetivamente possa pautar suas decisões com base no colaborador e não no que o gestor considera que seria importante ou interessante para o colaborador”, alerta.
Fabiano Azevedo lembra que muitas empresas perdem talentos porque o colaborador percebe que o que é importante para ele não é levado em consideração e não vê possibilidade de crescimento na empresa.

7 - Capacitação do colaborador com foco em soft skills e hard skills

As soft skills são as habilidades comportamentais, enquanto das hard skills dizem respeito às capacidades técnicas, que podem ser adquiridas através de cursos, por exemplo. “É importante que a empresa capacite, treine e faça com que essas qualidades técnicas fiquem mais evidenciadas. Claro que é essencial que os colaboradores tenham capacidade técnica, mas o principal são as soft skills. As soft skills dizem respeito à questão comportamental e de valores, estas não tem como ensinar, então, muitas vezes a gente só precisa dar um suporte maior para estes colaboradores terem essas skills mais potencializadas. As habilidades comportamentais são tão importantes que a maioria das demissões acontecem mais por causas comportamentais que técnicas. Se falta técnica (hard skills) é só treinar”, enfatiza.