Economia

Em AL, vendas no varejo caem 2,2% em julho e têm segundo mês consecutivo de queda

Essa foi a segunda variação negativa seguida, uma vez que junho (0,3%) também foi de queda

Por IBGE Notícias 14/09/2022 15h22
Em AL, vendas no varejo caem 2,2% em julho e têm segundo mês consecutivo de queda
Em relação a julho de 2021, as vendas no varejo cresceram 5,8% em Alagoas. Nos últimos 12 meses, houve leve perda (0,2%) - Foto: Helena Pontes/IBGE Notíciais

O volume de vendas do comércio varejista recuou 2,2% em Alagoas no mês de julho. Essa foi a segunda variação negativa seguida, uma vez que junho (0,3%) também foi de queda. Antes, janeiro (4,3%), fevereiro (1,9%), março (1,7%), abril (3,8%) e maio (2%) registraram alta. As informações são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (10) pelo IBGE.

Em relação a julho de 2021, as vendas no varejo cresceram 5,8% em Alagoas. Nos últimos 12 meses, houve leve perda (0,2%).

No Brasil, o volume de vendas do comércio varejista no país recuou 0,8% em julho, na comparação com junho, apresentando o terceiro mês consecutivo de taxa negativa. No acumulado de 2022, o varejo registra variação de 0,4%. Já nos últimos 12 meses, o setor acumula queda de 1,8%.

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas em julho caiu 0,7% frente a junho e 6,8% contra julho de 2021.

De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, a terceira queda seguida após meses de alta demonstra a retomada da trajetória irregular detectada desde o período mais grave da pandemia.

"O setor repete a trajetória que vem acontecendo desde março de 2020, com alta volatilidade”, explica. O mês de abril foi o último com crescimento. Desde então, maio, junho e julho acumulam recuo de 2,7%. Por conta desses resultados, o setor se encontra praticamente do mesmo nível do período pré-pandemia, fevereiro de 2020, com variação de 0,5%. “Esse patamar já esteve muito mais alto. Em julho de 2021, apresentou 5,3% acima de fevereiro de 2020”, relembra Santos.

Entretanto, nesta comparação com o nível pré-pandemia, o comércio varejista mostra desigualdades em termos setoriais. Há atividades muito acima, caso de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (20,7%), Combustíveis e lubrificantes (11,3%), Material de construção (2,3%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,2%). Já outras estão em patamar muito abaixo, caso de Livros, jornais, revistas e papelaria (-37,2%), com uma trajetória de perda muito por conta da própria lógica contemporânea do mercado, além de Tecidos, vestuário e calçados (-25,6%), Móveis e eletrodomésticos (-18,4%) e Veículos e motos, partes e peças (-12,4%).

Vendas no comércio varejista ampliado sofrem perda de 2,7% em Alagoas


Em Alagoas, o volume de vendas do comércio varejista ampliado, que integra também as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou queda de 2,7% em julho. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve retração de 0,9%. Nos últimos 12 meses, o comércio varejista ampliado apresentou estabilidade.

Sobre a pesquisa


A Pesquisa Mensal de Comércio produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país e traz resultados mensais da variação do volume e receita nominal de vendas para o comércio varejista e comércio varejista ampliado (automóveis e materiais de construção) para o Brasil e unidades da federação. A técnica de coleta é o - Questionário eletrônico autopreenchido (CASI) e a Entrevista pessoal com questionário em papel (PAPI).