Economia

Setor de serviços avança 0,9% em Alagoas no mês de abril, terceira alta seguida

Na comparação entre abril de 2022 e o mesmo mês no ano anterior, houve avanço de 39,1%

Por IBGE Notícias 14/06/2022 16h08
Setor de serviços avança 0,9% em Alagoas no mês de abril, terceira alta seguida
Em abril, a variação positiva no setor de serviços foi concentrada em duas das cinco atividades investigadas na pesquisa - Foto: Lícia Rubinstein / Agência IBGE Notícias

Em Alagoas, o setor de serviços teve alta de 0,9% no mês de abril, a terceira alta seguida no ano. Antes, março (6,1%) e fevereiro (1,3%) também apresentaram variação positiva, em oposição à queda sofrida em janeiro (-0,5%). Na comparação entre abril de 2022 e o mesmo mês no ano anterior, houve avanço de 39,1%. As informações são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta terça-feira (14) pelo IBGE.

O setor de serviços vem acumulando crescimentos em Alagoas desde o último trimestre de 2021. Outubro (2%), novembro (1,8%) e dezembro (3,9%) apresentaram alta, que foi interrompida pela leve queda em janeiro (-0,5%). Nos últimos 12 meses, o volume de serviços no estado alagoano cresceu 29,4%.

No Brasil, serviços variam 0,2% em abril


O setor de serviços variou 0,2% na passagem de março para abril no Brasil, acumulando alta de 9,5% em 2022 na comparação com o mesmo período de 2021. Com esse resultado, o setor está 7,2% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020. Já as atividades de transporte de passageiros cresceram 2,3% em abril, chegando a 0,1% acima do nível de fevereiro de 2020.

“Depois de dois anos e dois meses, o transporte de passageiros superou pela primeira vez o patamar pré-pandemia, ratificando, assim, a maior mobilidade da população, refletida no aumento das receitas das empresas que operam os transportes de passageiros nos seus diversos modais: aéreo, rodoviário e metroferroviário”, destaca o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, analisando o panorama nacional. A atividade acumula um ganho de 27,7% entre novembro de 2021 e abril de 2022.

Em abril, a variação positiva no setor de serviços foi concentrada em duas das cinco atividades investigadas na pesquisa. Em informação e comunicação (0,7%), o destaque continua sendo das atividades de tecnologia da informação, que atingiram o ponto mais alto da série histórica da PMS. “Durante o auge do isolamento por conta da pandemia, houve uma alta demanda desses serviços e esse movimento perdura até os dias atuais, com as empresas continuando a demandar serviços como o de desenvolvimento de softwares, de aplicitivos de videoconferência ou de marketing digital”, explica Lobo.Já em serviços prestados às famílias (1,9%), a maior influência ficou a cargo dos serviços de alojamento e alimentação. “É um resultado que vem na esteira da continuidade do processo da retomada dos serviços de caráter presencial, notadamente, os bares e restaurantes”, detalha o gerente da pesquisa.Em abril, atividades de serviços têm alta em 12 das 27 Unidades da Federação

Na passagem de março para abril, apenas 12 das 27 unidades da Federação acompanharam o movimento de variação positiva. O impacto positivo mais relevante foi do Rio de Janeiro (1,0%). Para Lobo, o carnaval fora de época que aconteceu no mês de abril pode ter contribuído para o crescimento do setor no estado fluminense. Outros destaques locais foram Espírito Santo (3,6%), Rio Grande do Norte (7,9%) e Ceará (2,4%). No lado das quedas, exerceram as principais influências negativas São Paulo (-0,5%), Minas Gerais (-2,8%), Distrito Federal (-8,2%) e Rio Grande do Sul (-2,8%).

Na comparação com abril de 2021, houve crescimento em 24 das 27 UFs, destaque para São Paulo (9,9%), Minas Gerais (14,2%), Rio Grande do Sul (16,8%) e Rio de Janeiro (4,3%). Já no acumulado do primeiro quadrimestre de 2022, 26 das 27 UFs mostraram expansão, com as taxas de São Paulo (11,0%), Minas Gerais (11,2%), Rio Grande do Sul (16,3%) e Bahia (14,2%) em destaque. Apenas Rondônia (-1,5%) registrou queda.

Divulgada mensalmente, a PMS trabalha em todo o país com uma amostra de mais de 12 mil empresas de serviços que possuam 20 ou mais pessoas ocupadas e, além disso, a receita precisa ser proveniente principalmente da atividade de prestação de serviços. A amostra contempla empresas cuja atividade principal está compreendida nos cinco grupamentos de atividades da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0): Serviços prestados às famílias; Serviços de informação e comunicação; Serviços profissionais, administrativos e complementares; Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio; Outros serviços.