Segunda melhor data para o setor de bares e restaurantes, o Dia das Mães perde apenas para o Dia dos Namorados e promete movimento intenso neste domingo (8), primeiro ano com a pandemia de Covid-19 sob controle.

Segundo Marivaldo Lopes, gerente de uma churrascaria na Avenida Menino Marcelo, a expectativa para a data é das melhores. “Com as pessoas vacinadas e ansiosas para celebrarem, estamos bastante otimistas e acreditamos que a casa vai lotar. Investimos em um cardápio bastante variado com cortes de carnes tradicionais e exóticas, a exemplo da carne de javali, frutos do mar e uma diversidade de sobremesas para agradar aos vários paladares”, disse ele.

A maquiadora Rose Tenório disse que fará duas comemorações. “Estarei trabalhando no final de semana, mas almoçarei no sábado com minha mãe, vó e irmã. Faremos esta celebração em casa, além de estarmos trabalhando, sairá mais econômico, inclusive minha mãe fará os pratos salgados e nós levaremos a sobremesa. Já no domingo vou almoçar em um restaurante com meu filho, um momento reservado para ele”, disse ela.

Perguntada sobre como economizar nestas datas tradicionalmente celebradas pela população, especialmente nesses tempos de preços tão instáveis, a economista Luciana Caetano disse que está cada vez mais difícil fazer economia nas circunstâncias atuais do Brasil. “Grande parte da população já vem fazendo muita ginástica para acomodar no orçamento itens de primeira necessidade, então muita gente já deve ter mudado de restaurante ou reduzido as idas até esses estabelecimentos. A redução na frequência a restaurantes ao longo do mês, pode ser uma alternativa para priorizar essas datas comemorativas”, afirmou.

Segundo a economista, as substituições de restaurantes também podem ser uma alternativa para tentar reduzir os custos nas datas comemorativas. “O que vai definir a substituição de um restaurante de preço mais elevado por um restaurante com preço mais acessível é o padrão de consumo de cada família. Já as substituições de pratos mais elaborados por opções mais acessíveis valem para o almoço realizado em casa. Esses movimentos de adequação já vêm sendo feitos, é um instinto de sobrevivência que cada indivíduo vai fazendo à medida que vão se apresentando as dificuldades”, disse ela.

Vínculo entre mãe e filho reflete relação

Para o psicólogo Carlos Gonçalves, o vínculo mãe e filho é um dos mais importantes, sendo responsável pela qualidade das relações futuras. “É o primeiro vínculo e quando ele acontece de uma forma harmoniosa, de muito amor, de muito afeto, muito carinho, ele vai fazer com que essa criança tenha vínculos e relações muito mais saudáveis do campo de vista psicológico”, afirmou Gonçalves.

O psicólogo disse também, que o afastamento vivenciado durante a pandemia de Covid-19 possibilitou uma nova forma de olhar sobre a relação mãe e filho.

“Como a gente estava em um período de pandeia, quando tivemos que nos distanciar e experimentar uma nova forma de lidar com essa mãe, com esse afeto à distância, usando mecanismos como as videochamadas, surgiu uma outra maneira de enxergar esse amor. Para muitos foi um momento muito difícil. Sem confraternizações em família, sem celebrar, essa mãe pode ter gerado um sentimento de ansiedade, depressão, melancolia. Em outras pessoas, o momento serviu para medir o quanto essa mãe é fundamental e importante para a vida desse adulto. Então a possibilidade de poder novamente vivenciar esse momento em família é de estrema importância. Por isso, sempre digo que as relações familiares quando formadas desde o alicerce, na infância, ela só tem a evoluir, a crescer”.

Segundo Gonçalves, o novo normal deve ser aproveitado para celebrar os laços familiares. “Sabemos que é um novo normal, mas quem tiver sua mãe é muito importante fazer uma visita, dar um abraço, mandar uma mensagem. Qualquer demonstração de carinho faz com que essa mãe se sinta muito feliz. O ser humano necessita dessas demonstrações. Demonstrar é um sinal de amor”, declarou o psicólogo.