Economia
Reajuste nacional dos medicamentos preocupa consumidores alagoanos
Aumento foi autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão da Anvisa
Gestante, Renata Melo afirmou que, já está pensando, no pós-parto. “Sempre tem algum medicamento e criança também precisa. Eu já tenho mais duas filhas. Está impossível. Tudo absurdamente caro”. A declaração de Renata veio após ela saber dos reajustes dos remédios que vão ficar até quase 11% mais caros.
O aumento foi autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e já começa a ser aplicado a partir deste sábado.
A diarista Rosângela Firmino usa medicamentos contínuos para pressão e diabetes. “O que salva são os programas de governo. Pego Losartana, para controlar a minha pressão e Glifage para a diabete, mas ainda tenho que gastar com outros medicamentos para alergia e também com analgésicos, constantemente”, afirma.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de Alagoas (Sincofarma/AL), José Antônio Vieira, diz que, a partir deste sábado, os distribuidores de medicamentos já faturam para as farmácias com reajuste. “E as farmácias já estão autorizadas a repassar ao consumidor com a correção de preço”, afirmou Vieira.
O presidente Sincofarma/AL afirma que todos os medicamentos sofrerão reajuste. “Mas deve levar em torno de trinta dias para que o repasse aconteça totalmente. 10,89% é o reajuste máximo. Sobre os produtos de baixa concorrência, o índice de correção será menor, enquanto que para os que têm maior concorrência serão aplicados índices mais altos”, explicou Vieira.
Ele diz ainda que hoje existe uma grande concorrência entre a indústria farmacêutica. “Principalmente a de medicamentos genéricos e similares, o que faz o produto chegar às farmácias com descontos. Esses descontos são consequentemente repassados para o consumidor, então, o reajuste acaba se diluindo”, garante.
O vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia de Alagoas (CRF/AL), Daniel Fortes, diz que o reajuste anual de medicamentos de 10,89% superou o do ano passado, que foi de 10,08%, mas mesmo assim foi dentro do esperado. “Agora cada estabelecimento tem sua política de descontos, que varia de acordo com o volume de compras, negociações junto às distribuidoras e à própria indústria, que pode baratear o valor desse medicamento para o consumidor final”, explica.
Fortes recomenda ao “consumidor procurar pesquisar diferentes redes, solicitar programes de descontos junto às farmácias ou aos laboratórios, além de conversar com o médico para fazer, se possível, substituições terapêuticas por medicamentos genéricos ou similares, que são taxados como intercambiados pela Vigilância Sanitária”.
Remédios como anticoncepcionais e para doenças crônicas, como diabetes, asma e hipertensão, podem ser adquiridos por meio do Programa Farmácia Popular. Para isso, é preciso se dirigir até uma farmácia que possui a logo “Aqui tem farmácia popular” ou a uma Unidade Básica de Saúde (UBS), que conte com o serviço, munido de receita médica, documento de identidade e CPF.
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