Economia
BC prevê inflação abaixo do piso da meta em 2017 e crescimento de 1% do PIB
Banco Central elevou previsão de crescimento para 2017 e 2018, e reduziu a estimativa de inflação que, segundo a autoridade monetária, ficará abaixo da meta fixada pelo governo
O Banco Central informou por meio do relatório divulgado nesta quinta-feira (21) que a inflação de 2017 ficará abaixo do piso da meta fixada pelo governo, que é de 3%.
No relatório, o BC estima que a inflação de 2017 será de 2,8%. Em relatório divulgado em setembro, a previsão de inflação de 2017 era de 3,2%.
Para o ano que vem, o Banco Central informou que a estimativa é de que a inflação oficial do Brasil ficará entre 4% e 4,2%. Na última estimativa, feita em setembro, o BC previu que o IPCA ficaria entre 3,8% e 4,3% em 2018.
Para 2019, a previsão de inflação vai de 4% a 4,4% e em 2010 o intervalo da estimativa vai de 3,9% a 4,4%.
O diretor de Política Econômica do BC, Carlos Viana, afirmou que a inflação abaixo do piso da meta deve-se a um efeito muito forte da deflação de alimentos. O item alimentação passou de uma inflação de 10% em 2016 para uma deflação de 5% em 2017. “O grosso do movimento é um choque deflacionário”, disse ao comentar o relatório de inflação.
PIBNo documento, o BC informou ainda que elevou a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2017 de 0,7% para 1%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. O mercado estima uma alta de 0,96% para o PIB em 2017 e de 2,64% para o próximo ano.
Segundo o BC, as novas previsões estão “em linha com a retomada gradual da atividade econômica ao longo do ano e com as perspectivas de sua continuidade nos próximos trimestres”.
A previsão do BC ficou abaixo da divulgada pelo Ministério da Fazenda. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou que o governo estima um crescimento de 1,1% do PIB em 2017 e de 3% em 2018.
Expansão em 2018Para o ano que vem, a autoridade monetária estimou um crescimento da economia da ordem de 2,6%. No último relatório, a previsão de crescimento do PIB para 2018 era de 2,2%.
Viana afirmou que a diferença entre a previsão do BC e da Fazenda é natural, principalmente tratando-se de um horizonte mais distante, com a previsão de 2018.
JurosA queda nas previsões de inflação – com um valor abaixo da meta central de 4,5% projetada para este ano – é um indicativo de que o Banco Central tende a manter o processo de corte dos juros básicos da economia, atualmente em 7% ao ano.
No documento, o BC afirma que “para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme esperado, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização, o Comitê vê, neste momento, como adequada uma nova redução moderada na magnitude de flexibilização monetária”.
Na última reunião do Copom, a Selic foi reduzida em 0,5 p.p. para 7% ao ano.
No relatório de inflação, o Copom pondera, no entanto, que a próxima reunião está “mais suscetível a mudanças na evolução do atual cenário e seus riscos que nas reuniões anteriores”.
Viana foi questionado sobre o impacto que o adiamento da votação da reforma da Previdência poderia ter nas previsões do BC e destacou que o mais importante é a aprovação e que o adiamento de uma etapa não é o mais importante. "Nunca enfatizamos nenhuma etapa específica, como a aprovação em uma comissão”, afirmou.
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