Economia
Bovespa recua com atenções voltadas para reforma da Previdência
Nos dois pregões anteriores, o índice acumulou alta de 1,55%
O principal índice da bolsa paulista operava sem viés firme nesta quarta-feira (6), com as atenções voltadas para as articulações do governo para conseguir iniciar o processo de votação da reforma da Previdência ainda este ano.
Às 14h07, o Ibovespa caía 0,15%, a 72.437 pontos. Na mínima até o momento, o índice recuou 0,64% e na máxima subiu 0,46%.
O noticiário político segue gerando volatilidade nos negócios, conforme as declarações vindas de Brasília levam o mercado a calibrar as apostas sobre o apoio à reforma da Previdência. Nesta quarta-feira, considerada como "Dia D", o Palácio do Planalto e aliados querem definir qual o real apoio dos deputados da base aliada para tentar votar em primeiro turno, na próxima semana, a nova versão da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.
Mais cedo, após café da manhã com o presidente Michel Temer e líderes da base aliada, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), um dos vice-líderes do governo na Câmara, disse que o texto sobre a reforma da Previdência será votado na próxima terça-feira.
Também após o encontro, o relator da proposta, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), disse que há entre 290 e 310 votos favoráveis à reforma, enquanto o também vice-líder do governo, deputado Beto Mansur (PRB-SP), colocou o apoio à PEC em cerca de 260 votos. O governo precisa de 308 votos para aprovar a proposta na Câmara.
Está marcada para esta tarde a reunião da executiva nacional do PMDB para discutir o fechamento de questão do partido a favor da reforma da Previdência. O PSDB também se reúne nesta quarta-feira e há expectativa que o assunto seja discutido pela legenda.
"A ideia de fechar o voto do partido (PMDB) é uma estratégia para que outros partidos aliados façam o mesmo, ampliando o convencimento da necessidade da aprovação da reforma da Previdência neste ano e tirando o ônus político de retomar o tema em 2018, quando o foco será as eleições", escreveram os analistas da corretora Magliano, em nota a clientes.
No front econômico, o mercado aguarda para o fim do dia a decisão do Banco Central sobre a taxa básica de juros do país. A expectativa em pesquisa Reuters é de corte de 0,50 ponto percentual da Selic, para nova mínima histórica de 7%. A taxa de juros mais baixa tende a levar o investidor a buscar retornos maiores, favorecendo a renda variável.
Na véspera, o índice caiu 0,74%, a 72.546 pontos. Nos dois pregões anteriores, o índice acumulou alta de 1,55%.
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