Economia
Petróleo: projetos travados poderiam render R$ 240 bi de investimentos
Segundo diretor da agência, estimativa é para o prazo entre cinco e sete anos após aprovação dos projetos
Segundo Oddone, tratam-se de projetos que estão em andamento ou em vias de ser contratados. O montante estimado, segundo ele, se refere “basicamente aos investimentos de desenvolvimento da produção, que são os mais pesados, que acontecem nos primeiros cinco ou sete anos do contrato”.
Oddone discursou durante evento organizado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) para debater os potenciais impactos para o Rio com as novas rodadas de licitação de áreas de petróleo no país. Segundo a ANP, serão dez rodadas até 2019.
Segundo Oddone, com as licitações previstas “estamos criando uma nova indústria do petróleo no país” que será percebida dentro de poucos anos. Ele afirmou que o Brasil “está vivendo a maior transformação do setor desde que a Petrobras foi criada”.
Ainda segundo o diretor-geral da ANP, a crise política pela qual passa o país não interfere negativamente nas rodadas de licitação. “A impressão que a gente traz é que indiferente da questão política do Brasil o interesse nas rodadas é grande”, destacou Oddone.
O executivo afirmou que a constatação tem como base conversas com “centenas de investidores nos últimos dois meses”.
“Como a gente ouviu dos investidores, as empresas pensam no longo prazo e estão mais preocupadas com o preço do petróleo e com as questões relacionadas à indústria no Brasil, o mercado que eles focam é o mercado internacional”, afirmou Oddone.
Cessão onerosaO diretor-geral da ANP afirmou ainda, em conversa com jornalistas após o evento, que a agência vai entregar “nos próximos dias” ao governo o relatório com a análise de revisão do contrato de cessão onerosa da Petrobras.
“A bola está conosco”, afirmou Oddone, que não quis adiantar o que contemplará o relatório a ser entregue ao governo. Questionado se a entrega acontecerá ainda em junho, o executivo apenas reiterou que será “nos próximos dias”.
“Nós contratamos uma série de análises e simulações [com uma consultoria estrangeira]. Nós estamos agora revisando os números que eles entregaram para ter certeza de que não tem nenhum erro conceitual nos cálculos que foram feitos”, ressaltou Décio Oddone.
A cessão onerosa foi assinada com a Petrobras em 2010, no processo de capitalização da companhia, e garantiu a ela o direito a explorar 5 bilhões de barris sem licitação. A revisão no contrato, pendente desde então, pode implicar em perdas ou ganhos para a estatal ou para a União, dependendo de ajustes em variáveis, como reservas de petróleo e preços do barril.
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