A moeda norte-americana caiu 0,22%, a R$ 3,1201 na venda. Na semana e no mês, no entanto, a moeda acumula alta de 0,16% e 0,22%, respectivamente. No ano, o dólar tem baixa de 3,99% em relação ao real.

"O mercado ainda trabalha com ingresso de recursos", afirmou à agência o operador da mesa de câmbio do banco Ourinvest, Bruno Foresti. No ano passado, a Receita arrecadou R$ 46,8 bilhões com a primeira etapa da chamada repatriação, com multas e impostos.

A alta das commodities e a confiança dos investidores na aprovação de reformas econômicas têm ajudado na valorização do real, mesmo com a economia ainda paralisada pela pior recessão de sua história.

"A maior parte da valorização do câmbio este ano é devida a uma percepção de melhores fundamentos, talvez influenciada pela baixa vulnerabilidade do Brasil ao protecionismo americano", disse à Reuters o estrategista do Rabobank Mauricio Oreng.

O Banco Central não anunciou qualquer intervenção no mercado cambial. Na noite passada, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, sinalizou que a instituição pode voltar a reduzir os estoques de swaps cambiais se enxergar necessidade.

Se o BC não rolar os próximos vencimentos de swap cambial tradicional - equivalente à venda futura de dólares - poderá gerar alguma pressão de alta sobre a moeda, destaca a Reuters. Em abril, vencem o equivalente a cerca de US$ 9,7 bilhões.