Economia
Sinais de crescimento estável levaram Fed a subir juros nos EUA
Em dezembro, BC norte-americano elevou as taxas entre 0,5% e 0,75% e sinalizou um ritmo mais acelerado de alta em 2017
Os BC dos EUA aumentou os juros para a faixa entre 0,5% e 0,75%, com indicações de integrantes do órgão de que as taxas poderiam subir mais rapidamente em 2017 se foram concretizadas as promessas do presidente eleito, Donald Trump, de manter os planos de cortar impostos e aumentar gastos públicos em infraestrutura.
Balanço econômicoSegundo o documento, a indústria na maioria das 12 regiões levantadas pelo Fed reportou aumento nas vendas. O mercado de trabalho cresceu num ritmo leve a moderado na maior parte dos distritos, e os salários subiram "modestamente".
O Livro Bege destacou que a inflação se intensificou desde o último relatório, com oito dos 12 distritos registrando um "aumento moderado nos preços", com aumento nos custos de matérias primas energéticas como carvão e gás natural, enquanto os preços das commodities agrícolas permaneceram "estáveis", segundo o órgão.
Incertezas políticasSegundo os membros do Fed, as empresas em seus distritos reconhecem as incertezas quanto à nova administração presidencial em Washington. O documento menciona uma empresa de saúde na região de Boston que espera um "possível vento contrário" diante da batalha esperada contra o Obamacare, reforma do sistema de saúde implantada por Barack Obama.
Outras empresas demonstraram preocupação com possíveis consequências envolvendo tensões comerciais, segundo o Fed. Contudo, o relatório destaca que em todo setor industrial, "as empresas... se disseram otimistas com o crescimento em 2017", e informaram que estava ficando cada vez mais difícil preencher vagas nas empresas. "É provável que essa questão se intensifique", avalia o órgão.
"O mercado de trabalho foi relatado como apertado ou se apertando... Os relatórios distritais citam dificuldades em encontrar trabalhadores para posições qualificadas", informou o Fed. "Muitos distritos... esperam que o mercado de trabalho continue apertado em 2017, com as pressões salariais provavelmente subindo e o ritmo de contratação deve se manter estável ou aumentar."
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