Economia
Dólar cai abaixo de R$ 3,20 nesta segunda-feira (9), de olho no exterior
Na sexta, moeda subiu 0,74% frente ao real, vendida a R$ 3,2218, após acumular queda de 2,55% nos últimos três pregões
Às 15h30, a moeda americana caía 0,79%, vendida a R$ 3,1962.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h39, alta de 0,04%, a R$ 3,2231Às 10h09, queda de 0,01%, a R$ 3,2213Às 10h49, queda de 0,12%, a R$ 3,2178Às 12h39, queda de 0,37%, a R$ 3,2098Às 14h39, queda de 0,85%, a R$ 3,1942
"A agenda hoje está mais esvaziada, o que abre espaço para o monitorar o sinal de alta de lá de fora", comentou o operador da corretora Ourominas, Maurício Gaioti à Reuters. De acordo com o Valor Online, os investidores esperam novos comentários de integrantes do Federal Reserve (Fed, banco central americano). Eric Rosengren (Fed Boston) e Dennis Lockhart (Fed Atlata) discursam nesta segunda-feira. Na sexta-feira passada, o presidente do Fed de Chigado, Charles Evans, disse que BC americano pode elevar os juros três vezes neste ano, mais do que ele próprio esperava alguns meses atrás.
O clima de expectativa domina a semana, com a decisão de política monetária no Brasil na quarta-feira, mesmo dia em que o presidente americano eleito, Donald Trump, fará sua primeira entrevista coletiva após a vitória nas urnas em novembro de 2016.
Os mercados estão de olho no futuro governo de Donald Trump, que assume a Presidência dos Estados Unidos no próximo dia 20, diante de suas promessas de adotar uma política econômica inflacionária. Por isso, os investidores temem que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa elevar ainda mais os juros e atrair para a maior economia do mundo recursos hoje aplicados em outras praças, como a brasileira.
"O mercado está também em compasso de espera pelo início da gestão de Donald Trump", comentou Gaioti à Reuters.De acordo com o Valor Online, o mercado espera que Trump dê contornos do que será sua política externa e também sobre seus planos de aumentar gastos. Essa perspectiva tem guiado os mercados desde a eleição americana, levando a uma alta do dólar, dos juros dos Treasuries e das ações americanas.
Nos juros, a pesquisa Focus do Banco Central trouxe novos elementos para fortalecer apostas de corte mais intenso da Selic, de acordo com o Valor Online. A projeção para o aumento do IPCA de 2017 caiu de 4,87% para 4,81%. Na quarta-feira, o IBGE divulga o IPCA de dezembro.
O Banco Central brasileiro, por enquanto, não anunciou qualquer intervenção no mercado cambial para esta sessão. Segundo profissionais disseram à Reuters, o BC já deixou claro que vai agir para corrigir distorções e, por enquanto, a volatilidade tem se mantido relativamente controlada. A última vez que a autoridade monetária atuou foi em 13 de dezembro passado.
Nesse princípio de ano, assim como foi visto no final de 2016, tem havido algum fluxo de ingresso de recursos no país, o que tem contribuído também para o comportamento do dólar frente ao real, segundo a Reuters. Na sexta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,74% frente ao real, vendida a R$ 3,2218, após acumular queda de 2,55% nos últimos três pregões e ir abaixo de R$ 3,20 na quinta-feira, menor nível em quase dois meses. Na semana passada, o dólar acumulou baixa de 0,86%.
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