A bolsa paulista operava com seu principal índice na instabilidade nesta quinta-feira (15), após o Federal Reserve (Fed) subir juros nos Estados Unidos na véspera e sinalizar mais altas em 2017, enquanto operadores seguem atentos à situação política em Brasília.

Às 16h04, o principal índice de ações da bolsa subia 0,14%, a 58.292 pontos.

As ações preferenciais da Petrobras caíam 1,09%, já as da Vale avançavam 2,07%.

Na véspera, o Fed subiu os juros norte-americanos em 0,25 ponto percentual e sinalizou três altas em 2017, ante duas apontadas anteriormente. Além disso, a chair do banco central dos EUA, Janet Yellen, disse que a eleição de Donald Trump colocou uma "nuvem de incerteza" sobre a autoridade monetária e levou algumas autoridades a mudar sua visão sobre o que está por vir.

Localmente, o cenário de incertezas políticas permanece no radar, após mais uma baixa na equipe do presidente Michel Temer, com a saída de seu assessor, o advogado José Yunes, e boatos de que dois de seus principais auxiliares, Moreira Franco e Eliseu Padilha, estariam também saindo. Neste cenário conturbado, o governo federal prepara para o início de 2017 uma minirreforma ministerial para reacomodar a base.

Com o ano legislativo terminando esta semana, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados deu o primeiro passo para a tramitação da reforma da Previdência no Congresso Nacional ao aprovar a admissibilidade da medida, por um placar de 31 votos a favor e 20 contra.

Véspera

A Bovespa fechou em queda nesta quarta-feira (14), com operadores mantendo cautela diante da instabilidade do cenário político nacional e após o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) decidir voltar a elevar os juros nos Estados Unidos, confirmando a expectativa do mercado.

O Ibovespa caiu 1,8%, a 58.212 pontos. Na semana, a bolsa acumula queda de 3,78% e no mês, de 5,97%. No ano, há alta de 34,29%.