Economia
Economia britânica resiste ao Brexit e cresce 0,5% no 3º trimestre
Na comparação com o 2º trimestre, houve ligeira desaceleração
A economia britânica cresceu 0,5% no terceiro trimestre do ano, apesar da decisão do referendo de 23 de junho de abandonar a União Europeia (UE), anunciou o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS).
No entanto, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da Grã-Bretanha registrou uma leve desaceleração entre julho e setembro na comparação com o segundo trimestre, quando a economia avançou 0,7%.
O resultado é superior à média de 0,3% das previsões dos economistas consultados pela agência Bloomberg.
"Até o momento, a perspectiva de crescimento não se viu afetada pelo referendo sobre a União Europeia. E o bom resultado dos serviços permitiu compensar um recuo nos demais setores de atividade", afirma o ONS.
Antes do referendo de 23 de junho, muitos economistas previam uma desaceleração brutal da economia em caso de vitória do Brexit.
Mas os consumidores britânicos continuaram gastando no período posterior e parecem não ter sido afetados por fatores como a desvalorização da libra ante o euro e o dólar.
Muitos economistas, porém, alertam que a situação econômica do Reino Unido pode ser afetada no próximo ano, com o início das negociações formais de saída da UE.
"A primeira estimativa do PIB confirma que o referendo não provocou um choque na economia, mas as consequências negativas da votação do Brexit serão cada vez mais claras à medida que a inflação aumentar e que as empresas adiarem os investimentos nos próximos trimestres", disse Samuel Tombs, analista da Pantheon Macroeconomics.
- Freio em 2017 -"As bases da economia britânica são sólidas", disse o ministro das Finanças, Philip Hammond, embora tenha assegurado que a economia "deverá adaptar-se a uma nova relação com a UE".
Hammond está preparando uma declaração orçamentária para o dia 23 de novembro, quando está previsto o anúncio de um plano para estimular a atividade econômica e limitar o programa de austeridade em curso desde 2010.
Entretanto, os economistas advertem que a situação econômica do Reino Unido poderia ser agravada no ano que vem, quando começarem as negociações formais para a saída da UE.
"A primeira estimativa do PIB confirma que o referendo não provocou um choque na economia, mas as consequências negativas do voto do Brexit serão cada vez mais claras à medida que a inflação aumentar e que as empresas adiarem sus investimentos nos próximos trimestres", disse Samuel Tombs, um analista da Pantheon Macroeconomics.
Os preços, que no ano passado se mantiveram estáveis, começaram a aumentar com uma inflação de 1,0% ao ano em setembro, e poderão continuar aumentando no ano que vem porque a queda da libra faz aumentar os preços dos produtos importados.
As empresas, até agora prudentes pela incerteza das negociações de saída da UE, previstas para durar dois anos, poderiam limitar seus investimentos ou em alguns casos inclusive reduzi-los.
O presidente do Banco Central, Mark Carney, advertiu por sua vez na terça-feira que os bancos instalados no Reino Unido poderiam "ajustar" algumas de suas atividades no ano que vem.
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