Cooperativas

Produtores de Alagoas se unem em defesa do Programa do Leite

Grupo formado por líderes de cooperativas voltou a se reunir nesta terça-feira (17) na CPLA

Por Assessoria 17/07/2018 14h55
Produtores de Alagoas se unem em defesa do Programa do Leite
Reprodução - Foto: Assessoria
Com a venda de leite ao Programa do Leite garantida somente até o fim de julho, pequenos produtores das cooperativas CPLA , Aagra, Coopaz, Cafisa e Pindorama estão em Maceió/AL para tratar o futuro do Programa. O grupo formado por líderes voltou a se reunir nesta terça-feira,17, na CPLA. Sem um posicionamento oficial do governo federal e do Estado quanto a continuidade na coleta de 50 mil litros por dia, segundo o produtor Cícero Palmeira, os produtores já estão desesperados em meio as possibilidades de paralisação por tempo indeterminado ou um retorno com ordem de desaceleração. “Após tantos anos e depois de tanto progresso, essa é a primeira crise que o programa enfrenta na qual a gente sente que o pior pode acontecer. São milhares de agricultores familiares que se ergueram unicamente com essas vendas ao programa. Ninguém entende isso? Não temos condições de vender leite a R$ 0,70 centavos”, apontou o produtor de Jacaré dos Homens. Para o programa continuar pelo menos até junho de 2019, segundo estimativa das cooperativas e produtores, será necessário um aporte de R$ 20 milhões, sendo metade para garantir a manutenção até dezembro e outros dez milhões para garantir o leite no primeiro semestre de 2019. Os produtores, junto com representantes de instituições e entidades do setor produtivo do estado, conseguiram uma audiência com o governador na quinta-feira,19, às 11h, onde vão apresentar a respectiva proposta de aporte via Estado com antecipação de contrapartida. “Muito nos orgulhada trajetória do programa nesse estado pelo fato de ser protagonista da vida de milhares de famílias que viviam à margem social. Nosso pedido de socorro novamente ao governador Renan Filho e bancada federal é para tentarmos achar uma alternativa sustentável e que conceda maior autonomia ao metabolismo do programa. Temos tido na pessoa do governador um grande entusiasta desse programa e um defensor da produtividade também na agricultura familiar. Estamos otimistas e confiantes. Não iremos desistir”, O apelo também é compartilhado pela cooperativa de produção de leite de cabra, a Aagra, de Arapiraca. Num situação pior, com baixa penetração do leite de cabra na agricultura familiar e interesse comercial, a diretora Maria Silva, a extinção do programa trará efeitos catastróficos. “A realidade é que podemos estar próximo ao fim e sem qualquer estrutura para vender esse leite num mercado que é extremamente seleto. Sem o programa, muitos produtores vão partir para qualquer meio de sobrevivência que lhe remunere sem ser o leite. O programa é condicionante para atividade de muitos nossos produtores”, pontuou.