Ciência e Tecnologia
Estudo da Ufal aponta que desertificação atinge 15% dos municípios de Alagoas
Ouro Branco, Maravilha e Mata Grande são os que possuem maiores áreas desertificadas, indica levantamento do Lapis
O Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites da Universidade Federal de Alagoas (Lapis/Ufal) divulgou recentemente um mapeamento atualizado da situação da desertificação no estado alagoano. De acordo com o estudo, baseado em dados de satélites, os municípios de Ouro Branco, Maravilha e Mata Grande são os que possuem maiores áreas desertificadas.
“São áreas onde os solos já estão degradados de forma grave ou muito grave e se tornaram imprestáveis para a agricultura. Mesmo com chuvas suficientes, a vegetação da caatinga não consegue mais se recuperar nesses locais”, explica o professor Humberto Barbosa, fundador do Laboratório Lapis e responsável pela pesquisa.
O mapeamento aponta que todos os municípios com áreas desertificados se localizam no Sertão Alagoano. Isso significa que cerca de 15% das localidades do estado já apresentam áreas que se tornaram desérticas, principalmente pela ação humana, agravada pela severidade climática, como intensas secas.
No último dia 28 de abril, foi celebrado o Dia Nacional da Caatinga, um bioma exclusivamente brasileiro. Cerca de metade desse bioma apresenta algum nível de degradação. Em Alagoas, não é diferente. O bioma Caatinga é muito importante para o clima do Semiárido brasileiro, incluindo o equilíbrio hidrológico e ambiental da bacia do rio São Francisco.
“É preocupante observar o ritmo de degradação dos municípios alagoanos próximos da Bacia do rio São Francisco, onde a vegetação da Caatinga está cada vez mais impactada pela seca e desmatamento. Essa vegetação apresenta alta vulnerabilidade às altas temperaturas e às secas-relâmpago”, pontua Humberto.
As secas-relâmpago é uma nova categoria de seca de curta duração, combinada com altas temperaturas, com impactos severos sobre a vegetação e a umidade do solo. Na América Latina, o Laboratório Lapis inaugurou as pesquisas sobre essa nova tipologia de seca, decorrente do processo de mudança climática. O estudo concluiu que em média, as secas-relâmpago duram 30 dias em áreas do Semiárido brasileiro.
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