Ciência e Tecnologia
Aplicativo do "Economiza Alagoas" investe em experiência do usuário
App foi desenvolvido pela equipe Crimeia, em três dias, durante Hackathon Insano da Sefaz
A partir de agora, o cidadão alagoano pode pesquisar valores de qualquer produto pelo celular, pelo aplicativo oficial da iniciativa. A equipe Crimeia foi a responsável pelo desenvolvimento do app, que é alimentado pelo banco de dados da Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica (NFC-e).
Yves Bastos lida diariamente com aplicativos. Por trabalhar na área de desenvolvimento mobile, ele soube desde o lançamento do edital, pela Secretaria da Fazenda, que precisaria montar uma equipe de especialistas para a maratona de três dias.
“Foi a primeira certeza que tive. Chamei o Bartolomeu Rodrigues para cuidar da interface e dos aspectos de negócio e o Rubens Pessoa para cuidar da parte mais técnica. Ele cuidou da integração dos dados da API da Sefaz com o nosso produto”, explica o líder do trio Crimeia.
Segundo ele, melhorar a experiência do usuário foi a principal preocupação do grupo. “Pensamos além do codificar e conectar a interface com o código, pensamos em como o usuário iria fazer determinadas tarefas e acessar menus, por exemplo.”
Para participar do Hackathon, o grupo precisou de um preparo psicológico. Aventureiros de primeira viagem, eles nunca haviam participado de nenhum evento do gênero.
“A gente se preparou motivando uns aos outros, com a completa confiança de que poderíamos ganhar”, conta Bastos. O ritmo foi frenético desde o início do desafio. O nome que escolheram para representar a equipe já entrega o espírito da coisa.
“Crimeia se refere à região que foi anexada pela Rússia há alguns anos. A gente meio que se sentia como se estivesse indo para a guerra, sabe? Eu acho que acabou sendo uma boa escolha”.
Outra escolha que deu certo foi a de trabalhar com o Economiza Alagoas. O trio se sentiu instigado em colaborar. “É uma ferramenta com potencial enorme e que vai servir à população inteira de Alagoas”.
Se o edital do evento forneceu dado como requisitos básicos e aspectos técnicos, a Crimeia apresentou experiência de usuário, interface e detalhes extras, como a integração do app com a funcionalidade William Panche.
“É um produto da Ilha Soft, local onde trabalho, que serve como um robô. Você basicamente conversa com ele e ele resolve alguma coisa. No Economiza Alagoas, ele vai dar informações sobre os melhores preços e estabelecimentos”, explica Bastos.
Para criar o aplicativo móvel, o desenvolvedor web destaca os três pontos fundamentais que foram considerados por ele e sua equipe durante o Hackathon.
“É preciso conhecimento das tecnologias que se vai utilizar, entender o problema que se quer resolver e o público alvo de tudo isso. “ Parece muita coisa para fazer atento, certo? Imagine então com apenas seis horas de descanso durante as 72 horas. Foi esse o período de tempo que Yves, Bartolomeu e Rubens se permitiram dormir.
“O dia que mais pesou foi o final do segundo, porque a estratégia que a gente utilizou foi um pouco ousada. Se alguma coisa no encaixe desse errado, a gente ia se dar muito mal. E estava meio que dando errado. No sábado, à noite, começamos a entrar em desespero e ninguém produzia muito bem. Fizemos uma pausa, saímos do local, conversamos e botamos a cabeça no lugar”, relembra Bastos.
A imersão ao lado de pessoas com o mesmo objetivo foi, segundo o grupo, uma das sensações mais gratificantes da jornada. “Só sabe quem vive isso. Realmente foi muito gratificante. O saldo é que a gente acabou criando um produto melhor do que a gente imaginava e estamos todos extremamente motivados pra continuar trabalhando nele”.
Daqui para frente, o app sobre o Economiza Alagoas é uma empresa. “Já temos um mentor e estamos em contato direto com a Sefaz para melhorar a API e a integração dela com o nosso aplicativo. Os próximos passos são publicar o aplicativo para Alagoas; fazer uma versão Android e levar nossa ferramenta para o Brasil inteiro”, conclui o desenvolvedor web.
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