Ciência e Tecnologia
Seis em cada dez já usaram aplicativos para fazer compras, diz pesquisa
Sistemas de compra e venda de usados e de serviços de transporte são os mais utilizados
Os aplicativos de celulares deixaram de lado a função de ser apenas ferramentas de comunicação e ganham cada vez mais espaço no e-commerce mundial. Dados revelados pela pesquisa Consumo por meio de aplicativos mostram que 59% dos consumidores brasileiros com acesso à internet já utilizaram alguma dessas ferramentas para comprar algo, sendo que 27% dizem fazer isso cotidianamente.
De acordo com o levantamento realizado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), os aplicativos instalados nos telefones são usados não apenas para a comunicação durante o processo de compra, mas também para adquirir produtos e serviços, pesquisar e comparar preços
O estudo aponta que os aplicativos mais utilizados são aqueles relacionados à compra e venda de produtos usados (46%), seguidos dos serviços de motorista particular ou táxi (45%), lojas varejistas nacionais (42%), apps de ofertas e descontos (31%), serviços de streaming de áudio e vídeo (31%), lojas varejistas internacionais (30%) e compras de comidas por delivery (29%).
Ao justificarem as compras feitas por meio de aplicativos, 35% mencionam a facilidade de acesso, enquanto 27% julgam ser mais prático e 14% argumentam que, deste modo, encontram os melhores preços e ofertas do mercado.
O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, afirma que o celular já é visualizado como uma “tendência irreversível no consumo”. Diante do cenário, ele destaca a necessidade de desenvolver experiências que cativem os consumidores e facilitem o engajamento entre compradores e vendedores.
— Tudo mostra que a consolidação dos dispositivos móveis será o caminho a seguir no comércio eletrônico nos próximos anos.
Quando se trata de consumo por aplicativos, é emblemático o caso do WhatsApp, um dos sistemas mais populares e que, segundo dados da própria empresa, já ultrapassou a marca de 120 milhões de usuários no Brasil.
Concebido inicialmente para troca de mensagens, o aplicativo vem se tornando também uma plataforma para negócios – desde encomendar pizzas ou comprar roupas e acessórios até a negociação com corretores de imóveis na busca por um apartamento.
Empresa de segurança alerta para apps infectados em lojas oficiais
O levantamento do SPC e da CNDL mostra que 39% dos internautas já utilizaram o WhatsApp para se comunicar com a loja ou vendedor no processo de compras. Desses, 52% afirmam que foram respondidos todas as vezes que entraram em contato com uma loja ou vendedor pelo aplicativo.
Outros 59% dizem que já realizaram algum tipo de compra pelo aplicativo, principalmente por se sentirem mais seguros ao entrar em contato com o vendedor (15%), porque podem comprar sem sair de casa (15%) e receber imagens e vídeos dos produtos antes de adquiri-los (14%).
Segundo o levantamento, ps produtos mais comprados com auxílio do WhatsApp são: comida delivery (23%), vestuários, calçados e acessórios (22%) e cosméticos e perfumes (15%). Pellizzaro afirma que “a essência do aplicativo é facilitar a comunicação entre as pessoas e isso acabou por se estender ao ambiente profissional”.
— É natural que varejistas e prestadores de serviços tenham percebido o potencial da ferramenta para abordar e ser abordado por clientes, sanar dúvidas, divulgar novidades, gerar interesse e, consequentemente, concretizar mais vendas.
Já entre os 61% que nunca utilizaram o WhatsApp para compras, o principal motivo é a falta de oferta deste canal de comunicação por parte das lojas e vendedores (40%) e conseguir resolver o que precisava no site ou aplicativo da empresa (32%).
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