Cidades
Divórcios estão em queda em Alagoas
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostra que houve redução de 7,2% nas separações entre anos de 2023 e 2024
O alagoano está se divorciando menos, conforme apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se for comparar os números de 2024 com o maior patamar alcançado desde o início da série histórica em 2022, houve uma redução de 787 divórcios. O que mostra que, em Alagoas, os casais estão terminando menos suas relações.
Nos números apontados pelo IBGE em 2024 ocorreram 6.420 divórcios, o que corresponde a 7,2% em comparação ao ano anterior. Em 2023, foram 6.921 divórcios, queda de cerca de 4%. E, em 2022 a quantidade de dissolução do casamento alcançou 7.207 registros, considerado o maior dos últimos três anos.
Alagoas segue a tendência do cenário nacional. Em todo o Brasil, os divórcios passaram de 440.827 mil para 428.301 mil entre 2023 e 2024, redução de 2,8%. A última queda no país tinha sido registrada entre 2019 e 2020, quando atingiu -13,6%. Os números são do relatório Estatísticas do Registro Civil do IBGE.
Entre as regiões, o único aumento na quantidade de divórcios foi na região Norte. Lá, o número de divórcios cresceu em 9,1% em 2024 em relação a 2023. As regiões Sul (-1,4%), Sudeste (-2,5%), Nordeste (-3,1%) e Centro-Oeste (-11,8%) tiveram diminuição no período analisado.
No entanto, de uma forma em geral, os brasileiros estão se divorciando mais rápido. Em 2010, os casamentos no Brasil duravam, em média, cerca de 16 anos até chegar ao divórcio. Já em 2024, segundo o relatório, esse intervalo ficou mais curto, caindo para 13,8 anos.
Os homens se divorciam mais “velhos”. Em 2024, na data do divórcio, os homens tinham, em média, 44,5 anos, enquanto as mulheres, 41,6 anos de idade.
Os divórcios apurados na pesquisa de Estatísticas do Registro Civil em 2024 referem-se às separações entre casais de sexos diferentes. Embora o documento mencione que, desde 2013, o IBGE coleta dados sobre casamentos de pessoas do mesmo sexo, o número total de divórcios reportado é restrito àqueles entre casais heterossexuais.
Segundo o IBGE, a dificuldade na contabilização de divórcios de casais homossexuais se dá pela falta de informações registradas pelos cartórios.
Taxa geral de divórcios por Unidade da Federação (por mil habitantes): Brasil (média geral) - 2,7. Rondônia - 4,9; Distrito Federal - 3,8; Mato Grosso do Sul - 3,7; São Paulo - 3,5; Goiás - 3,5; Minas Gerais - 3,2; Rio de Janeiro - 3,0; Tocantins - 2,9; Acre - 2,9; Alagoas - 2,8; Santa Catarina - 2,7; Paraná - 2,7; Bahia - 2,5; Pernambuco - 2,3; Maranhão - 2,1; Espírito Santo - 2,1; Paraíba - 2,1; Ceará - 2,0; Amazonas - 1,9; Rio Grande do Norte - 1,8; Rio Grande do Sul - 1,7; Sergipe - 1,6; Mato Grosso - 1,3; Piauí - 1,2; Pará - 1,2, Amapá - 0,9 e Roraima - 0,2.
Taxa de divórcios
A taxa geral de divórcios é calculada com base na divisão do número de divórcios pelo número de habitantes de um determinado local. São considerados apenas os divórcios de pessoas com idade igual ou superior a 20 anos. O indicador mede a proporção de divórcios a cada mil pessoas.
Divórcios judiciais concedidos em 1ª instância são maioria no Brasil (81,8%) e em Alagoas (91,2%). No estado, seguindo a tendência nacional, a maior parte dos divórcios é feita entre casais que tem apenas filhos menores de idade (42,4%) ou que não têm filhos (29%).
Casamentos
Em 2023, foram registrados 14.241 casamentos em Alagoas, com alta de 9,16% ante 2022. A maioria das uniões foi formada por casais heterossexuais (99,43%). Do outro lado, 81 casais do mesmo sexo se casaram em 2023, o que representa 0,57% dos matrimônios civis no estado.
Uniões celebradas entre cônjuges do sexo feminino (56 casamentos) são maioria entre os matrimônios homossexuais em AL e se mantiveram estáveis na comparação com 2022. Por sua vez, foram registrados 25 casamentos entre homens, com queda de 7,4%. Na análise da série histórica, iniciada em 2013, há sempre o predomínio de casamentos entre mulheres.
No Brasil, o número geral de casamentos recuou 3% em 2023, com 940.799 registros. Matrimônios heterossexuais são maioria (98,8%). O número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo aumentou 1,6% e atingiu o total de 1.198 enlaces registrados. Cerca de 62,7% dos casamentos homossexuais no país são celebrados entre mulheres.
As estatísticas do Registro Civil servem ao acompanhamento de questões como crescimento populacional, estudos demográficos, arranjos familiares e podem subsidiar a elaboração de políticas públicas.
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