Cidades
MP/AL cobra informações sobre alvarás e licenças para a construção da sede da Oplit na Praça Gogó da Ema
O Ministério Público de Alagoas (MPAL), por meio da 66ª Promotoria de Justiça (de Urbanismo), instaurou uma Notícia de Fato para pedir ao Município e ao Estado que enviem informações sobre a instalação da nova sede da Oplit, unidade da Polícia Civil de Alagoas, cujas obras já foram iniciadas na Praça Gogó da Ema, na Ponta Verde. Como para a instalação de qualquer equipamento em bem público é necessário seguir normas, foi solicitado à Secretaria de Segurança Pública sobre alvarás, licenças ambientais e urbanísticas e estudos técnicos de impacto.
O promotor de Justiça Jorge Dória ressalta que não é possível instalar qualquer obra numa praça pública, muito menos que venham desvirtuar sua finalidade, sem que o processo transcorra seguindo o princípio da legalidade.
“A Praça Gogó da Ema é bem público de uso comum do povo, regularmente utilizada para lazer, prática esportiva, convívio social e atividades culturais por crianças, idosos e moradores da região. Nos termos do art. 99, inciso I, do Código Civil, as praças públicas integram acategoria de bens de uso comum do povo, sendo inalienáveis, imprescritíveis e defruição coletiva. Sua destinação é regida pelos princípios da função social da cidade (CF, art. 182), da dignidade da pessoa humana e da sadia qualidade de vida (CF, art.225). “, explica o promotor titular da 66ª Promotoria de Justiça.
Portanto, para a a instalação de qualquer equipamento em praça pública se faz necessária autorização expressa do Município, titular do bem, obtenção de licenças urbanísticas e ambientais, estudos técnicos e ambientais, além da consulta à população eventualmente afetada, especialmente em áreas de uso coletivo intenso.
“ A instalação e funcionamento de um posto policial em uma praça poderia implicar em um completo desvirtuamento de sua principal finalidade , sendo por isso imprescindível que, além das licenças , as pessoas sejam também consultadas . A título de exemplo , imagine-se, o impacto para os usuários da praça no momento de uma possível operação policial em seu interior, com a dinâmica própria das atividades policiais. O Ministério Público quer apenas que tudo siga o processo legal”, afirma Jorge Dória.
Para tal, solicitou ao Município de Maceió, por meio do Iplan, se houve anuência formal, emissão de alvará de construção, licença urbanística e consulta comunitária. E à Secretaria de Segurança Pública que apresente justificativa técnica sobre, bem como as licenças ambientais e urbanísticas. O Ministério Público estipulou o prazo de 15 dias para a manifestação dos acionados, alertando que pode adotar outras providências caso seja constatada alguma irregularidade.
Mais lidas
-
1Arapiraca
Antes de matar ex-marido, médica disse que ele descumpriu medida protetiva, relata testemunha
-
2Sítio Capim
Acusada de matar ex-marido, médica Nádia Tamires é presa em Arapiraca
-
3Alan Carlos de Lima
Saiba quem é o médico morto na porta de UBS em Arapiraca
-
4Cultura e tradição
Sururu Circo retorna ao Circuito Penedo de Cinema com espetáculo plural e oficina aberta ao público
-
5'O Presídio dos Famosos'
Quem é Terremoto? Saiba a história real do matador de aluguel que aparece em Tremembé




