Jornalistas, profissionais de outras áreas da Comunicação Social e estudantes da área se reuniram nesse sábado (26) para debater o futuro da profissão e o combate à desinformação em Alagoas durante o Fórum de Inovação no Jornalismo Alagoano (Fija), promovido pela Agência Tatu. O evento destacou temas como jornalismo independente, produção de conteúdo para redes sociais e inteligência artificial. O auditório do Centro de Inovação, no bairro de Jaraguá, em Maceió, parecia pequeno para tanta gente em busca de atualização profissiona.

A diretora da Agência Tatu, Graziela França falou da importância de trazer debates atuais para o jornalismo alagoano e da ideia de trazer o evento para a categoria local. “Fizemos a primeira edição em 2018. E nos últimos anos, vínhamos tentando trazer essa segunda edição, que só agora em 2025 foi possível. Estamos muito felizes porque trouxemos muitos temas atuais, inteligência artificial, produção de conteúdo para as redes sociais, comunicação institucional, jornalismo independente local. A nossa intenção é fazer com que o nosso público alagoano tenha acesso a profissionais com repertório atualizado, que estão sempre em contato, sempre discutindo essas inovações e buscando o melhor para o nosso conteúdo”.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal), Alexandre Henrique Lino, destacou o sucesso de público e conteúdo do evento. “O Fija é onde o profissional da Comunicação pode aprender. Eu acho que a qualificação continuada dos profissionais da Comunicação termina tendo um efeito para quem acompanha o conteúdo que a gente produz. A tente trabalha diariamente para entregar qualidade e a gente acompanha no Fija debate qualidade, debate diferenciado. Então, a Agência Tatu acerta muito ao promover um evento dessa grandeza, que envolve estudantes e profissionais. Mas a gente mostra ainda que o nosso ecossistema do mundo da Comunicação ele está cada vez mais preparado para tantos desafios que a gente enfrenta no dia a dia.”

Para o diretor financeiro da Cooperativa dos Jornalistas e Gráficos de Alagoas (Jorgraf), detentora do jornal Tribuna Independente, do portal Tribuna Hoje e do TV Tribuna, Flávio Peixoto, a importância do jornalismo sério e da inovação para combater as fake news é cruicial para garantir que a informação chegue à sociedade de forma verdadeira e responsável.

“O Fija chega ao jornalismo alagoano em bom momento. A questão da inovação é a discussão mundial no jornalismo. Nesse momento nós vivemos de enfrentamento de fake news, de uma realidade tão complicada, com um avanço rápido das tecnologias e da forma da sociedade se comunicar. Então o jornalismo sério é fundamental para tudo isso. E esse evento, que discute justamente a inovação, é uma iniciativa da agência Tatu que nós temos que parabenizar. É fundamental para nós e para toda a sociedade. Essa discussão tem que ser constante, ela não deve parar por aqui. Esse é o segundo fórum que eles realizam e eu acredito que novos fóruns devem vir mais na frente e nós devemos justamente levar essa discussão para a sociedade para mostrar para a população o quanto o trabalho profissional de jornalista é fundamental para que a notícia de forma correta, baseada nos fatos reais e com responsabilidade, chegue com ética e responsabilidade a sociedade”, enfatiza Peixoto.

Um dos palestrantes, o jornalista Augusto Conconi, do Google Brasil, ressaltou o apoio do Google ao jornalismo através de grants, programas de aceleração e visibilidade na busca, além do treinamento de jornalistas no uso de ferramentas Google. “Você tem o treinamento também dos jornalistas de como usar as ferramentas Google e como tirar melhor proveito dessa tecnologia. Então, o Google, o ecossistema de notícias, acaba sendo um dos principais parceiros e os parceiros mais constantes nesses últimos anos.”

Representando a Secretaria de Comunicação do Governo do Estado de Alagoas como palestrante do evento, a jornalista Renata Bertolino destacou a importância de discutir inovação no jornalismo e o projeto de uma política aberta de comunicação governamental. “O principal foco desses eventos é mostrar o que está sendo feito dentro da área de inovação no jornalismo. Na nossa mesa, por exemplo, a gente discutiu com o presidente do Sindicato de Jornalistas, Alexandre Lino, e com a secretária de Comunicação de Maceió, Eliane Aquino, exatamente os nossos desafios em combater a desinformação e a importância de ter a institucionalização, a responsabilidade de se trabalhar institucionalmente a comunicação para centralizar, digamos assim, essa responsabilidade de trabalhar com transparência, de trabalhar principalmente com essa preocupação e ética profissional quando se trata de informação pública. Então, discutir inovação dentro da nossa profissão é fundamental. ”

Alan Barbosa, estudante de jornalismo, ressaltou a importância do Fija para a comunidade acadêmica, proporcionando aprendizado e networking para os futuros profissionais da área. “Nós temos a necessidade de entender como é que funciona o mercado da comunicação. Então, o Fija com certeza está sendo muito rico para que a gente entenda a demanda da nossa profissão e fique cada vez mais por dentro da comunicação em Alagoas. Nesse período eu já fiz vários networks, já conheci muita gente da área.”

Marcele Vieira, estudante de Relações Públicas, também compartilhou sua experiência no Fija 2025, destacando a importância de aprender sobre comunicação e o uso da IA nas redes sociais. “A experiência positiva, basicamente, é que eu posso aprender mais sobre a comunicação. O evento não focado apenas em jornalismo. Mas qualquer pessoa da comunicação pode vir aprender mais sobre isso. A gente aprendeu, por exemplo, sobre o uso da IA dentro das redes sociais e como trazer a notícia a partir da IA. Isso é bem interessante. Eu acho que a gente tem que ver o lado positivo, que a gente pode agregar [a IA] na nossa profissão. Porque a gente pode produzir conteúdos com ela. Ela pode nos ajudar, não é? Não só trazer coisas ruins”, avalia.

Veja a entrevista completa na TV Tribuna: