Você sabia que o mel e a própolis podem ser grandes aliados da saúde, especialmente no inverno? No programa TH Entrevista desta semana, exibido no canal da TV Tribuna no YouTube, a nutricionista Mariana Calheiros trouxe uma conversa rica em informação e saúde: como o mel e a própolis podem ser poderosos aliados na alimentação durante todo o ano, especialmente no inverno.

A especialista enfatizou que embora o mel em si seja um produto muito antigo, é lembrado somente quando a pessoa adoece, ao invés de ser preventivo. “É um alimento muito rico em sais minerais, rico em açúcar, mas é um açúcar feito pelas abelhas, não é um açúcar rico de conservante, já processado pela indústria. Então, é um alimento muito antigo, a gente vê até na Bíblia, o poder que ele faz, não só para nos alimentar, nos nutrir, mas também para a gente fazer uma hidratação na pele”, observou.

Segundo Mariana Calheiros, o consumo desses produtos ainda é muito associado ao tratamento de doenças, quando na verdade o ideal seria incluí-los de forma preventiva na rotina alimentar.

“As pessoas só se lembram do mel quando estão com a garganta arranhando ou com o filho gripado. Mas ele deve ser usado diariamente, assim como a própolis, para manter o corpo fortalecido”, destacou.

Mariana Calheiros também ressaltou o real valor nutricional do mel: “É rico em minerais, hidrata de dentro pra fora, ajuda na saúde da pele e dos cabelos, além de funcionar como um excelente anti-inflamatório natural”.

Já sobre a própolis, ela foi enfática: “É o nosso ouro de Alagoas. Temos até Indicação Geográfica (IG) Manguezais de Alagoas. Um produto valioso que protege, equilibra e fortalece.”

Durante a entrevista, a nutricionista também orientou sobre como consumir corretamente o mel e a própolis, desde a infância até a terceira idade.

Para crianças de 2 a 10 anos, a indicação é de 2 a 5 gotas por dia de própolis; para adultos, de 10 a 20 gotas, podendo ser divididas entre manhã e noite. “Em cápsula, uma unidade equivale a cerca de 8 gotas, e há produtos com liberação controlada que protegem o corpo ao longo do dia”, pontuou.

Qual mel é mais indicado?

A nutricionista destacou que o tipo de mel faz diferença. O melato (derivado da cana-de-açúcar) e o mel de agave são mais ricos em frutose, o que gera menor impacto glicêmico do que a glicose. Já o mel silvestre, o mais comum e clarinho, é rico em glicose, mais doce e com maior chance de elevação da glicemia.

“O ideal é o consumo orientado. A gente não precisa proibir o mel para quem tem diabetes, mas sim adaptar a quantidade, entender o perfil do paciente”, reforçou.

Quanto à própolis, Mariana também recomendou moderação consciente. Apesar de não conter açúcar, o produto é potente e pode causar reações em pessoas mais sensíveis. “A alimentação precisa ser rica, mas consciente. O excesso de qualquer alimento, mesmo saudável, pode ser prejudicial”, alertou.

Atenção à procedência dos produtos também foi um ponto de destaque. Mariana Calheiros alertou sobre os riscos do consumo de itens sem registro ou vendidos de forma clandestina. “Fiquem atentos aos rótulos, procurem selos de qualidade, registros sanitários e comprem apenas em locais confiáveis”, frisou.

Para encerrar, ela deixou um conselho direto e potente: “Aprendam a comer com consciência. Se abastecer com alimentos naturais, ricos em flavonoides e antioxidantes, é um gesto de autocuidado que protege você e sua família. No inverno, mais do que nunca, isso faz toda a diferença”. 

O episódio completo está disponível no canal da TV Tribuna no YouTube.