Cidades
Corregedoria da Justiça estadual busca garantir celeridade nos serviços ofertados à população

Há dois meses à frente da Corregedoria Geral da Justiça de Alagoas (CGJAL), o desembargador Celyrio Adamastor tem demonstrado interesse em buscar meios de promover celeridade na Justiça do primeiro grau de jurisdição, como também aos serviços ofertados pelos 241 cartórios extrajudiciais em todo o estado. Em entrevista à Tribuna Hoje, o corregedor-geral afirmou que uma das medidas implementadas tem sido a orientação voltada a juízes, servidores e delegatários sobre os normativos vigentes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do próprio Judiciário alagoano.
“Nós temos um setor específico, aqui na Corregedoria, que acompanha os índices de produtividade do Judiciário Alagoano, a partir dos painéis que foram criados na gestão do eminente desembargador Domingos Neto e que estão sendo aperfeiçoados durante essa minha passagem por aqui. Isso possibilita que tenhamos um panorama do que já foi cumprido, como também do que ainda precisa ser feito para garantir justiça a quem por ela tanto aguarda”, disse o corregedor-geral Celyrio Adamastor.
O corregedor-geral também deu um passo importante para implementação de boas práticas no Judiciário, com a criação dois sistemas que auxiliam a Justiça de primeiro grau, o Painel de Monitoramento de Soluções Fundiárias e o Painel de Monitoramento de Processos de Pessoas em Situação de Rua. Este último foi apresentado ao CNJ, ainda no mês de fevereiro, e pode ser referência para a fiscalização de processos dessa natureza em tribunais de todo o Brasil.
Inspeções judiciais
No dia 12 deste mês, a Corregedoria deu início às inspeções judiciais. Todas as comarcas serão visitadas pelos juízes auxiliares Geneir Marques e Kleber Borba, que atuam no âmbito judicial, acompanhados dos servidores da Divisão de Inspeção e Correição (DIC). De acordo com o cronograma de inspeção, 154 unidades judiciárias serão visitadas até 21 de maio de 2026.
“O nosso objetivo é obter uma visão precisa da realidade da Justiça de 1º grau, além de dialogar com juízes e servidores para compreender as especificidades de cada comarca. A partir disso, buscaremos as melhores soluções para tornar o trabalho mais ágil e eficiente, sempre respeitando as particularidades de cada unidade judiciária”, afirmou Adamastor.
Celeridade processual
O novo corregedor buscou parcerias com o governo estadual, a Prefeitura de Maceió, a Assembleia Legislativa e o Tribunal de Contas para garantir a disponibilização de contadores. O objetivo é acelerar os cálculos de custas processuais e dar mais agilidade aos processos no 1º grau de jurisdição. Além disso, um mutirão está em andamento para apoiar a Contadoria Judicial Unificada (CJU), setor vinculado à CGJAL que funciona no Fórum da Capital.
"Estou intensificando esforços para atender às diretrizes do Conselho Nacional de Justiça, especialmente no que se refere à celeridade processual, e conto com a colaboração de órgãos que têm a capacidade de contribuir nesse sentido", afirmou Adamastor.
Novos serviços nos cartórios
A Corregedoria Geral da Justiça e a Associação dos Cartórios de Pessoas Naturais (Arpen/AL) pretendem emitir a primeira Carteira de Identidade Nacional (CIN) em cartório extrajudicial ainda neste primeiro semestre. O serviço, que será ofertado nas serventias de registro civil, vai beneficiar os que moram em regiões mais distantes dos centros urbanos de Alagoas, além de garantir celeridade no procedimento.
“Vamos aproveitar essa capilaridade dos cartórios extrajudiciais, já que estão presentes em municípios e também em distritos de Alagoas, para alcançar a população que mais precisa deste serviço tão essencial à cidadania e, consequentemente, à garantia de direitos a partir desses documentos”, ressaltou o corregedor-geral da Justiça.
Outro serviço que vem sendo almejado por Celyrio Adamastor é a mediação e conciliação de conflitos de menor complexidade nos cartórios. Para incentivar os novos delegatários, a Corregedoria tem oferecido workshops com capacitação no sentido de consolidar a desjudicialização de procedimentos, o que desafoga o Judiciário e traz agilidade aos usuários.
“A partir dessas capacitações que estamos ofertando, nossa expectativa é que, em breve, recebamos solicitações dos novos delegatários para que possam mediar conflitos em suas unidades cartorárias. É um benefício para o Judiciário, que vai se debruçar nas questões mais complexas, mas também para a sociedade, em virtude desse serviço ser expandido ao extrajudicial”, completou.
À frente do Extrajudicial está a juíza auxiliar da CGJAL Laila Kerckhoff, que, além de dar cumprimento às demandas que chegam dos cartórios, tem a incumbência de coordenar as ações que garantem registros civis às pessoas em situação de vulnerabilidade social, a partir das campanhas Registre-se!, do CNJ, e Registro Para Todos, da CGJAL.
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