O julgamento da acusada identificada pelo prenome Suzana, de tentar matar a própria mãe, Silvânia Maria Sabino da Silva, por envenenamento, ocorre nesta terça-feira (25), no salão da 7ª Vara Criminal, no Fórum do Barro Duro, em Maceió. A mulher ofereceu açaí envenenado, crime que chocou a sociedade alagoana e transformou radicalmente a vida da vítima e de sua família.

A ré Suzana será julgada pela tentativa de homicídio duplamente qualificado. O promotor de Justiça Antônio Vilas Boas, da 9ª Promotoria de Justiça da Capital, sustentará a acusação baseada em motivo torpe e no uso de um meio insidioso para cometer o crime.

O dia que mudou tudo

O crime foi registrado no dia 6 de abril de 2021, quando a vida de uma mãe tomou um rumo irreversível. No bairro do Jacintinho, ela recebeu de sua própria filha um açaí, sem suspeitar que aquele lanche carregava uma armadilha mortal. Logo após ingerir o alimento, passou mal e precisou ser socorrida ao Hospital Geral do Estado (HGE). O que parecia uma indisposição comum logo se revelou um envenenamento que a deixou em estado vegetativo desde então.

Uma família destroçada

A tragédia ultrapassou os limites da tentativa de homicídio. O laço sagrado entre mãe e filha se rompeu de forma brutal, e o caso se tornou um doloroso exemplo, de como a violência dentro do próprio lar, pode deixar marcas impossíveis de apagar. Hoje, essa mãe permanece em uma condição de total dependência, enquanto seus familiares enfrentam a dor de uma perda silenciosa, sem respostas sobre o que levou a filha a um ato tão extremo.

O peso da justiça

O julgamento de hoje busca mais do que uma condenação: procura trazer um desfecho para um drama que se arrasta há quase três anos. O Tribunal do Júri irá decidir a responsabilidade da filha e qual será sua pena, caso considerada culpada.

Para a sociedade, esse caso serve de reflexão sobre o impacto da violência dentro das famílias e a importância de que crimes assim sejam punidos com rigor. No entanto, para os envolvidos, a dor e as consequências seguirão para sempre.