Cidades

Vítimas da Braskem denunciam crime ao G20

Por Ricardo Rodrigues - colaborador / Tribuna Independente 13/09/2024 09h38
Vítimas da Braskem denunciam crime ao G20
Mineração predatória da Braskem causou destruição em Maceió - Foto: Edilson Omena / Arquivo

O Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) vai realizar nesta sexta-feira um ato público em frente ao Hotel Ritz onde está sendo realizado evento do G20 – o grupo dos países mais ricos do mundo. Na oportunidade, os representantes do Movimento pretendem entregar uma Carta Aberta às autoridades da cúpula do G20.

“Estamos convocando todos os afetados por este que é o maior crime ambiental em áreas urbanas do mundo a se unirem para uma importante ação de denúncia. Durante a reunião da cúpula do G20, que está acontecendo em Maceió, temos a oportunidade de fazer nossas vozes serem ouvidas por representantes de diversos países”, afirmou o servidor público Maurício Sarmento, integrante do MUVB.

“Faremos um ato de denúncia, expondo ao mundo as consequências devastadoras do crime cometido pela mineradora Braskem. Não podemos deixar que esse crime permaneça impune ou seja esquecido. Nossa luta por justiça precisa ecoar além das fronteiras”, acrescentou Sarmento.

Segundo ele, o Movimento espera que as reivindicações das vítimas da mineração sejam atendidas pelos organismos internacionais.

“Nossa expectativa é de que o G20, com sua influência e capacidade de liderança global, se posicione em defesa das vítimas de crimes ambientais e contra a impunidade corporativa”, concluiu.

De acordo com assessoria do Ministério das Comunicações, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, vai participar do encerramento do evento do G20, em Maceió. No início da manhã, o ministro concede uma entrevista coletiva à imprensa e deve fazer um balanço do evento, iniciado na segunda-feira, na capital alagoana.

Em trecho de carta aberta, o MUVB diz: “Solicitamos que este honrado fórum internacional considere em suas discussões a necessidade de medidas mais rigorosas para responsabilizar empresas transnacionais pelos crimes ambientais que cometem, independentemente das fronteiras. A impunidade com que empresas como a Braskem agem coloca em risco não apenas o meio ambiente, mas também a dignidade humana”.