Cidades

Defensoria pede sequestro e indisponibilidade de imóveis situados na área afetada pelo crime da Braskem

Órgão estadual também requereu sua habilitação como assistente de acusação no processo criminal movido em desfavor da mineradora

Por Assessoria Defensoria Pública de Alagoas 03/05/2024 16h20
Defensoria pede sequestro e indisponibilidade de imóveis situados na área afetada pelo crime da Braskem
Região afetada pela mineração da Braskem - Foto: Edilson Omena / Arquivo

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas, por meio do Núcleo de Proteção Coletiva, requereu, nesta semana, a sua habilitação como assistente de acusação no processo criminal movido em desfavor da Braskem.

Além disso, requereu a aplicação de medidas assecuratórias no sentido de que seja decretado o sequestro e a indisponibilidade de toda a área afetada pela mineração da Braskem, que ficou com a posse e propriedade da região.

Para os Defensores Públicos Daniel Alcoforado, Lucas Valença e Ricardo Melro, signatários da peça, "a medida é plenamente justificável, uma vez que tais bens imóveis provieram de lucros ilícitos auferidos pela Braskem ao longo de décadas de exploração mineral à margem da lei, que gerou lucros extraordinários à empresa. Vale dizer: o ilícito não deve ser lucrativo", informaram os Defensores, salientando que tais bens não podem ser um ativo da empresa, visto que ela forçou a situação de desocupação.

Os Defensores também chamaram atenção para o fato de que a empresa ré é, atualmente, a maior proprietária de área urbana de Maceió, de modo que a transferência desta área para terceiros que adquirirem o controle societário da Braskem pode causar ainda mais prejuízo à coletividade.