Cidades

Juiz federal volta atrás e libera remédio para a menina Maria Helena

Com decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, menina deve ter medicação aplicada no dia 24, em Recife

Por Valdete Calheiros – colaboradora / Tribuna Independente 13/04/2024 08h30 - Atualizado em 13/04/2024 08h51
Juiz federal volta atrás e libera remédio para a menina Maria Helena
Maria Helena, de dois anos, sofre com Atrofia Muscular Espinhal tipo 2 e precisa do remédio para viver - Foto: Divulgação

O desembargador Vladmir Souza Carvalho, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região – TRF-5, de Recife, reconsiderou, ontem, a decisão que tomou na última quarta-feira, dia 10, quando suspendeu a decisão do juiz federal de Alagoas, Gustavo Gomes de Mendonça, que determinava à União a compra do Zolgensma, medicamento necessário para a pequena Maria Helena, portadora de Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 2.

Ao voltar atrás da própria decisão, o desembargador reacendeu as esperanças da família da criança que continua a lutar pelo remédio que garantirá a menina a interrupção dos sintomas progressivos, contínuos e limitantes da doença rara que a acomete.

O Zolgensma custa cerca de R$ 7,6 milhões e é o único remédio disponível no mundo que pode garantir qualidade de vida à menina.

Desde setembro do ano passado, a família da Maria Helena acumula decisões favoráveis e contra a aquisição do medicamento. Eles lutam contra o tempo para que a menina receba a medicação ainda no limite de dois anos, completados no último dia 3.

Assim que a família recebeu a confirmação do diagnóstico, iniciou uma campanha para arrecadarem o valor e conseguirem comprar o medicamento. Apesar da mobilização, não foi suficiente devido ao preço do remédio.

De acordo com o advogado da família, Natan Moreira, a nova previsão para que a criança receba o Zolgensma é no próximo dia 24. “Estamos em contato frequente com a equipe médica”, afirmou.

Enquanto Maria Helena não recebe a medicação, a família segue com os cuidados de fisioterapia com a criança. Inclusive, a cada bimestre, a criança precisa ir a Recife onde é submetida a consultas especializadas.

Ainda no final de março, o governo de Alagoas, por intermédio da Secretaria de Estado da Saúde, se prontificou a arcar com os custos decorrentes de traslado ao local da aplicação do medicamento e retorno ao Estado, acrescido ainda dos custos médicos e hospitalares decorrentes da aplicação do medicamento.