Cidades

Defensoria assegura internação de idoso desamparado em lar de longa permanência em Maceió

Por Assessoria 08/04/2024 12h41
Defensoria assegura internação de idoso desamparado em lar de longa permanência em Maceió
Carência de lares públicos de longa permanência prejudica o acolhimento de idosos carentes - Foto: Assessoria


Após mais de um mês de esforços, a Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) conseguiu, na semana passada, garantir a internação de um idoso, de 64 anos, em uma instituição de longa permanência na capital alagoana. A internação foi obtida por meio da atuação administrativa da Defensora Pública responsável pela Seção do Idoso, Luciana Martins de Faro, junto aos órgãos públicos e instituições filantrópicas dedicadas ao cuidado dos idosos.

O quadro de desamparo do idoso foi levado à Defensoria Pública através da solicitação de intervenção feita por uma médica que o acompanhou durante uma internação, identificando sérias dificuldades físicas que o impossibilitavam de viver sozinho, e constatando a falta de familiares capazes de cuidá-lo. Além disso, a única fonte de renda do idoso é o Benefício de Prestação Continuada (BPC), no valor de um salário mínimo, que é consumido em grande parte por empréstimos e medicamentos.

De acordo com a Defensora Pública, a demanda por institucionalização de idosos está crescendo, mas encontrar uma vaga em um lar de longa permanência para idosos (ILPI) tem se tornando mais difícil. Isso se deve à escassez de abrigos públicos em Maceió, aliada à falta de subsídios públicos para a criação de instituições voltadas para o atendimento dessa população.

Segunda dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 1980, a população com 65 anos ou mais representava 4,3% do estado, enquanto em 2022, essa faixa etária já compunha 8,3% da população.

“A ausência de abrigos públicos, deixando apenas instituições privadas ou filantrópicas disponíveis, aumenta a vulnerabilidade dos idosos sem família, cujo número crescente na região amplifica as dificuldades enfrentadas. Além disso, a falta de recursos financeiros, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), muitas vezes comprometido com empréstimos e custos com medicamentos, representa mais um obstáculo para a institucionalização de idosos que necessitam de cuidados específicos”, observa a Defensora Pública.